Diminuiria muito se, cada um fizesse um pouco.

Interessante que em quase qualquer lugar do mundo, a cena se repete, ou seja, uns ficam muito sobrecarregados e outros, ao contrário, ficam muito folgados. Isto porque muitos ficam de braços cruzados aguardando serem servidos, ou, que alguém faça aquilo que poderia ser sua ocupação. Aliás, é bastante fácil notar esta falta de comprometimento de responsabilidade das pessoas, no que concerne colaborar com a coletividade. Na verdade, quase que em todo lugar que se esteja, na rua, nos clubes, nas associações e, na própria casa, nota-se com nitidez que alguém sempre faz mais que os outros. E, sobre isso, lembro-me que numa reunião em que estavam mais ou menos umas cem pessoas, ao final dela o coordenador solicitou a todos que cada um pegasse a sua cadeira e a perfilasse fechada na parede lateral do recinto. Todavia, para esta tarefa, a princípio simples e fácil, ficou para fazê-la apenas o coordenador e três ou quatro outros abnegados. Os demais, ou seja a maioria quase que absoluta foi embora, sem o menor constrangimento. Disso, nota-se, infelizmente, que esse tipo de atitude anti-coleguismo e antissocial, tornou-se agora, apenas uma relíquia guardada no túnel do tempo dos bons costumes e do respeito mútuo. E, só para enumerar a existência absurda de afazeres por fazer, em vista de que são poucos os que se esforçam em participar é gigantesca, não dá para contar. Principalmente, naquilo que normalmente fomos nós mesmos que desarrumamos e, sem a mínima consideração, saímos de fininho do ambiente bagunçado. Apenas, no intuito de rememorar, podemos citar o que acontece dentro de nossa própria casa, ressalvadas as pequenas exceções. Por exemplo, onde moram de três a mais pessoas, podemos afirmar sem medo nenhum de errar que somente uma delas trabalha nos serviços domésticos. As demais agem em sentido contrário, ou seja, desarrumam e não arrumam. Senão vejamos, a gente entra num cômodo acende a luz e sai deixando a luz acesa, levanta de manhã, deixa o quarto desarrumado e, vai para o banheiro deixando-o mais desarrumado ainda, puxa uma cadeira para sentar-se e, sai sem tornar a colocá-la no lugar, De fato é esta a rotina diária de uma casa, porém, certamente alguém, que na verdade é “a mula” da família vai ter fazer esta arrumação toda, fora os demais afazeres.  Então, diante deste quadro desolador, dá para imaginar se cada um fizesse um pouco, o quanto pouparia de carga extra de serviço para nossa mãe, nossa irmã, nossa esposa ou mesmo para nossa empregada doméstica? Pense bem nisso, não custa nada, somente um pouquinho de amor e boa vontade. Outro item que nos deixa um tanto quanto aborrecidos é sobre o desmazelo que os proprietários de lotes vagos cuidam de seus bens, deixando-os imundos, a ponto de enfear a cidade. Além, de facilitar a proliferação de insetos nocivos e, outras possibilidades, principalmente a de ocultar pessoas más intencionadas. Obrigando, pela inércia, a intervenção do Poder Público, para fazer aquilo que seria obrigação do proprietário, considerando que o patrimônio em questão é sua propriedade particular. Portanto, caros proprietários, deixe-os limpinhos, colaborem com a cidade e com os vizinhos, façam suas partes, é o mínimo que lhes competem. O importante de tudo isso é para lembrar que as relações de responsabilidades são infinitas e, que para que elas se concretizem é preciso entrar em ação, ou seja, fazer a sua parte. E, dentro deste quadro de acomodações de muitos, em detrimento de poucos, podemos citar mais um pequeno exemplo que denegride sobremaneira o visual de uma cidade. No caso em pauta, estamos falando do feio espetáculo que se promovem aos nossos olhos e, principalmente aos olhos dos visitantes. São aqueles tênis velhos e, sapatos também, que amarrados nas extremidades dos cadarços, são jogados e ficam pendurados nas redes elétricas e telefônica. Formando um cenário dantesco, desagradável a todos, exceto aos malfeitores. Pergunta-se: “quem será que não está fazendo a sua parte?” Enfim queridos leitores, o texto tem o objetivo de nos desacomodarmos neste particular. Dá, ou não, de pelo menos se pensar no assunto. Tchau.