Diferenças fundamentais

Na própria acepção da palavra, podemos considerar que diferença é, justamente, o oposto existente entre uma coisa ou outra. No caso específico, podemos considerar como discrepante algo diferente, embora, na verdade, uma diferença de outra, pode ser considerada como boa para uns e, ao mesmo tempo, não boas para outros. Como exemplo, primeiramente, devemos respeitar as diferenças entre nós, para tanto e, para dar um exemplo claro, vamos aproveitar um pequeno relato fictício, a saber: “um macaco viu um peixe na água e, o tirou de lá, pensando que estava salvando a sua vida. O peixe morreu…”. No caso em pauta os mundos eram completamente diferentes, uma vez que o macaco, literalmente, não respeitou o mundo do outro. E, assim é a nossa vivência, isto, desde o princípio do mundo, ignoramos e não entendemos o mundo do outro, invadimos a privacidade alheia, querendo que o outro viva o nosso mundinho. Consequentemente, não se importando, se isso vai ou, não vai desambientar o nosso semelhante. Infelizmente, isso faz parte de nossa cultura, subestimar o próximo, para tê-lo sob nossos pés, vivendo, ficticiamente, na pequenez de nossa eterna ignorância. Todavia, é claro e evidente que temos a nossa disposição centenas de ferramentas para nos mostrar o quanto somos tapados. Sendo que não usamos nem metade das lições e informações que nos rodeiam, teimamos em ser sempre o “Pelé” da rodada. Embora, tenhamos a nossa disposição o maior mestre do mundo, que é Deus, e, Ele com suas palavras e ensinamentos nos guia em direção ao bem e, mesmo assim, em muitas das vezes, nos recusamos, em considerar as diferenças fundamentais estabelecidas. Tanto é verdade, que Ele, o Criador, quando em sua magnitude fez o mundo, determinou que homem e mulher fossem exatamente a sua imagem e semelhança, porém, diferentes entre si. Todavia, inobstante tal determinação celeste, há muitos incautos, que assim não procedem e, desrespeitam a individualidade dos demais. A propósito, vemos tais diferenças na própria família, onde temos filhos, uns calmos, descontraídos e fáceis de se lidar e, ao mesmo tempo, outros nervosos, agitados e, difíceis. E, diante desta constatação, sempre surge a pergunta irrespondível, a saber: Não são do mesmo sangue, por que são diferentes? E, nesta própria interrogação, é que ficamos desorientados e, acabamos tomando decisões erradas, principalmente, desrespeitando as diferenças herdadas por ocasião da criação do mundo. Contudo, o que nos encuca, é porque, se fomos criados a imagem e semelhança de Deus, por que somos diferentes? Simplesmente, porque somos apenas semelhantes e, não somos iguais. Portanto, é preciso que essa individualidade de cada um seja respeitada, uma vez que se tal não ocorrer vamos viver, eternamente, em conflitos uns contra os outros e, isso não é de Deus. E, no intuito de reforçar o entendimento, é certo que o bom relacionamento entre as pessoas não é só aquele vivido entre os seres “perfeitos”, que pensam e agem da mesma maneira. Mas, é sim também, aquele que cada um se disponha a entender e a lidar com as diferenças alheias. Oportunamente, podemos aproveitar do assunto, para reforçá-lo ainda um pouquinho mais, usando um conhecido jargão popular que diz: “ninguém é melhor do que ninguém”. Uma vez que, a palavra diferença, significa em contabilidade a conta que não fechou, sobrou ou faltou. E, para que ela se ajuste é preciso procurar onde está a diferença, que depois de achada, balanço fechado. Justamente, é assim que acontece com as pessoas, ou seja, se alguma querela fica pendente por intolerância, sem dúvida alguma, a causa principal foi a falta de paciência e de compreensão. Seguramente, é sabendo respeitar as diferenças que aí teremos a feliz oportunidade de conviver com os demais em harmonia. Gente, pensem bem, o que é melhor para nós, ganhar um sorriso lindo e contagiante ou, um rosto triste, frio e rancoroso. Se somos de Deus é, muito fácil escolher. Portanto…

Arquimedes Neves – Nei

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