Notadamente, todos os dias do ano estão reservados para alguma homenagem ou mesmo para destacar alguma data cívica, religiosa ou, simplesmente importante. O dia 12 de junho desde 1.949 existe no Brasil, desde que o publicitário João Dória trouxe do exterior a ideia como uma maneira de homenagear os casais apaixonados. Coincidentemente, ou propositalmente escolheu-se o dia 12 de junho véspera do dia de Santo Antonio, o santo casamenteiro, a fim de proporcionar ao momento um ar mais amoroso e, próprio para a ocasião. Acontece que por puro oportunismo das próprias pessoas, há de se dizer que todas as datas festivas, a maioria delas tem objetivos especificamente comerciais. Sendo que o dia dos Namorados, na relação de grandeza do comercio, é aquele que promete sempre a possibilidade de trazer muitas alegrias (faturamento) para os comerciantes. Todavia, independente desses intentos de ordem comercial, também é certo que houve o propósito de dar aos casais apaixonados a oportunidade de reviver grandes momentos, quer com a troca de presentes ou, apenas um encontro mais específico e reconciliador. Na verdade namoro significa a relação afetiva mantida entre duas pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas e partilharem novas experiências. É uma relação em que o casal está comprometido socialmente, mas sem estabelecer um vínculo matrimonial perante a lei. Numa relação tradicional, o namoro é a fase que antecede o noivado e o casamento. O casal partilha conhecimento, fortalece a confiança e cumplicidade. Desta forma é uma relação menos comprometedora e menos exigente que um matrimônio. Mas também envolve fidelidade entre o casal. Muitos, mais precisamente os mais novos, que estão lendo estas linhas, poderão estar pensando o que será que o articulista está querendo nos passar com essas informações, uma vez que realmente desconhecemos este tipo de relacionamento, ou seja, namoro. Aliás, os que estão alienados no assunto tem um montão de razões, haja vista que o namoro propriamente dito faz muito tempo que desapareceu. Uma vez que a maioria absoluta dos namoros de agora estão numa fase completamente diferente, pois eles não têm como objetivo final a realização do matrimônio, são namoros tipo “beija flor”, rapidinho e desaparecem num instante. Devido à liberalidade atual, não se tem nenhum propósito de constância e, infelizmente, o nome namoro foi substituído pela palavra “ficar”. Desculpem o saudosismo, no entanto, não me deixa sair da lembrança, os tempos dos correios elegantes nas quermesses, as serenatas com músicas apropriadas ao vivo, as tardes de domingo na praça, com o famoso passeio das meninas, desfilando de lá para cá enfeitiçando os rapazes, as matinês dançantes, enfim, tudo isso era muito romântico e fazia bem para nós todos. Agora, são simplesmente quimeras, porém, aos casais ficantes e, aqueles já casados, aproveitem o momento para fazer bailar o coração, com aquela ou aquele que lhe faz companhia. Bênçãos a todos.