O nosso calendário anual dos 365 dias, através das câmaras federais, estaduais e municipais têm por legislação legal, competência, para prestar homenagens de quaisquer naturezas, ás pessoas, cidades e, toda sorte de homenageados, dando-lhes como lembrança um dia do ano como seu. Para tanto, podemos considerar que cada dia do ano, uma ou mais homenagens são prestadas, conforme leis específicas emanadas dos poderes, legislativos federal, estadual e municipal. Assim sendo, através da Lei 10.741 de cunho federal, instituída no dia 1º/10/2003, deu-se como oficial o dia do Idoso, ou, seja, com a instituição do Estatuto do Idoso. A partir daí, houve o estabelecimento legal dos direitos dos idosos. Cujos, os quais, deram reconhecimento para considerar o idoso com igualdade, principalmente, no que diz respeito a sua integração na sociedade, da qual, automaticamente, foi excluído. A princípio, propositadamente, como o dia venerado para o idoso foi justamente ontem, 01/10/21, estou trazendo mais uma vez este assunto à baila. Haja vista que, à medida que o tempo passa, infelizmente, vemos o idoso em situação bastante desigual. Isto porque leis não são suficientes para a proteção deles, uma vez que, leis são aquilo que mais infligimos nesse querido país. O mais importante está no reconhecimento e acolhimento dos familiares, que em quantidades significativas, se encontram abandonados nas suas próprias ex casas, são tratados como se fossem uns estranhos. E, isto tudo ocorre devido ao conflito de gerações que fatalmente se apresenta. Basta ver, devido a velocidade das mudanças, o que, na verdade, até para nós mais, contemporâneos, temos tido muitas dificuldades para administrar. Imaginem só, para os idosos, como fica tal situação! Considerando tudo isso, houve-se por bem, estabelecer como lei oficial o Estatuto do Idoso, embora, existam ainda muitas pessoas que desconhecem tal condição legal em favor dos idosos. Todavia, como as mudanças estão sendo acontecidas de maneira muito rápida e, em assim, fatalmente, algumas situações entraram em choque, a ponto de atingir a nós próprios, mesmo sendo mais novos. Não obstante tudo isso, reconhecemos também que tais mudanças no terreno tecnológico foram de muita importância. Todavia, no quadro social da convivência, é de reconhecer que as mesmas têm causados alguns transtornos. Parece absurdo tal afirmação, no entanto, podemos citar apenas como o exemplo, a internet, com sua utilização indiscriminada, dentro dos lares, tem trazido sérias dificuldades para manter a disciplina e a criação. E, os idosos nesta avalanche, surpreendente, de mudanças rápidas sem que, nos apercebamos, de repente, não passam de páginas viradas. Infelizmente, a nossa paciência vira, instantaneamente, impaciência, precipitando com isso, o afastamento natural dos idosos das atividades gerais da sociedade, considerando, por condição natural, que os mesmos, já não possuem mais espaços. E, nesse aquietar-se dos idosos, protegidos pelo silêncio, busca-se, saudosamente, as lembranças do passado, guardadas nos lugares mais escondidos do coração. Indiferente, a tudo isso, é certo que nós, indistintamente, caminhamos para lá, alguns não, morrem bem antes. Todavia, devido a todas as dificuldades que se adquire durante a velhice, dificuldades estas, inevitáveis, é certo que os idosos deveriam ser bem mais contemplados, senão, pela obrigação, pelo menos, por amor. Finalizando, em consonância, com um ditado popular que diz: “colhemos o que plantamos”, assim sendo, seria de todo interessante, vivermos o dia de hoje, porém, sem se olvidar e, ficar muito “esperto”, com referência, ao dia de amanhã.
Arquimedes Neves – Nei
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