Algumas pessoas têm o dom de desvirtuar o sentido das coisas, ou melhor, das palavras, para mera conveniência de seus propósitos, independente de qualquer malefício que seu ato possa causar. A propósito, a atitude humilde de algumas pessoas, que na maioria o são por formação hereditária ou pela educação recebida de berço.  Isto é, desde a tenra idade e, por capricho ou mesmo por inveja alguns dizem que essa atitude em algumas pessoas é apenas fachada, ou na pior das hipóteses significa submissão. Tal dedução não passa de pura maldade ou inveja, uma vez que  o pior de tudo é que os falsos testemunhos e a difamação gozam de uma força muito grande.  Cuja proliferação age como um rastilho de pólvora atinge um universo de pessoas muito maior. Tornando-se quase impossível retornar ao estado anterior, sem deixar marcas profundas que jamais se cicatrizaram. É como se fosse fazer como diziam  os antigos, tentar juntar todas as penas de um travesseiro que fora lançadas ao léu, a tarefa com certeza não terá nenhum êxito, pois jamais as penas se juntaram novamente. Diante deste contexto, que bom seria se a gente ao invés de tentar derrubar as pessoas, desse a elas mais credibilidade e as incentivassem.  Mas, contrariando toda essa lógica, infelizmente  nosso instinto nos direciona, na maioria das vezes,  para o lado egoísta. Assim é que dificilmente iremos aplaudir, pois parece que nosso ego sempre se satisfaz com as vaias, as quais têm em nós  o efeito de massagear o nosso sádico interior. Por outro lado, considerando que motivado por uma série de fatores, principalmente devido a televisão e a internet, estamos a cada dia nos distanciando fisicamente um dos outros. Já não existe mais o acaloramento dos encontros de amizade, onde rolava o prazer da presença e, a felicidade era o objetivo de todos. Hoje, temos muito pouco tempo para disponibilizar a um bom papo, as amizades são efêmeras, estão sustentadas fragilmente e, não resistem a um pequeno desentendimento. Haja vista que muitas pessoas se encontram, se beijam, porém é certo que esse ato é coberto por uma enorme falsidade, tanto é verdade que uma detesta a outra, apenas representa naquele encontro uma comédia hipócrita de aparência apenas social. A bem da verdade, quando alguém vai nos visitar ou vice-versa, coisa rara por sinal, tratamos o visitante displicentemente. Inclusive ficamos até incomodados com a presença, aliás, ficamos doidinhos para que ela vá embora logo, principalmente se for à hora da novela. Existem situações, que nos tornamos visivelmente mal educados, pois nem se desliga a televisão, por ocasião de visitas, consequentemente deixamos de dar a devida   atenção, propositadamente ou não. Só para ilustrar, me contaram que existem pessoas supersticiosas que quando recebem visitas colocam uma vassoura atrás da porta para que a visita vá embora logo.   É aí que reside, com certeza absoluta,  um dos grandes motivos da ausência das belas amizades, do companheirismo e, acima de tudo dos sentimentos mais nobres que são viver em harmonia,  lealdade e muito amor. Que bom seria se as pessoas fossem autênticas. Certamente o mundo seria muito melhor, os rancores seriam banidos, haveria mais felicidades e menos maldades.  A bem da verdade somos cegos para não ver que há espaço para todos, basta que não invadamos o do outro, com ciumeiras e invejas doentias próprias de cabeças vazias sem atividades. Adotamos sem saber da procedência de um desencanto gratuito, com isso estamos perdendo a oportunidade de desfrutar do afeto espontâneo, caloroso e amigo de nosso semelhante. No final vai fazer falta e, pode ser tarde demais.