Descoberta infeliz: acho que nós não nos amamos!

Neste momento da leitura deste artigo, creio que a maioria absoluta dos que estão lendo, podem estar pensando o que será que o articulista quis dizer com isso. Na verdade, até eu fiquei boquiaberto com essa dedução que, aliás, possa até ser exagerada para determinados pontos de vista e, por outro lado, pode ser que contenha algum resquício de lógica em razão, principalmente, de alguns comportamentos humanos. De qualquer maneira, considerando os prós e os contras, é certo que a balança das possibilidades pesa mais para o lado negativo, ou seja, realmente não nos amamos com deveríamos fazê-lo. Para que todos possam compreender é possível que com alguns exemplos de coisas reais que acontecem todo o santo dia, nos vários lares e lugares deste imenso mundão de Deus, vamos poder ver claramente a degradação do ser humano com os seus semelhantes, em todos os sentidos. Para começar podemos citar a passagem bíblica quando Judas, espontaneamente, entregou para a morte Jesus aos judeus, ele amava ou odiava Jesus? Podemos citar também para reflexão, que quando Cain, filho de Adão, por ciúmes matou o seu irmão Abel, por certo, Cain fez isso porque morria de amores pelo seu irmão ou o odiava profundamente? E, com relação aos nossos idosos, principalmente, nossos avós e pais, cansados, doentes e, muitas das vezes inválidos, sempre com os olhares voltados para o passado, lembrando da vida com seus acertos e erros. E, agora a mercê da ajuda de outros, cujos tratamentos e cuidados, quando são feitos, os são sem nenhum pingo de amor. Só para exemplificar alguns dias atrás encontrei com uma pessoa amiga e, lhe perguntei sobre o sogro que morava com ela e estava muito doente, me respondeu: “ainda bem que aquele traste morreu, estava ficando louca com ele lá em casa, dava um trabalho enorme e, além do mais nem era meu parente, ainda bem que ele já foi, portanto, daqui para frente é só paz, pois, agora vou descansar”. Agora pergunto, amamos ou odiamos? Quanto ao ambiente profissional, às quantas andam as nossas relações entre colegas e patrões, são amistosas e agradáveis. Ou, apenas agimos como robô, com postura puramente profissional de obrigação e necessidade. Qual é o nosso sentimento quando o colega é promovido, ficamos felizes com a promoção do outro, ou nos invade o coração com muita inveja e mal estar. Dá-nos vontade de puxar o tapete do colega para ocupar seu lugar, sim ou não? Assim é que toda essa gama de sentimentos negativos pode ser tudo, menos amor. Em tempo, quase ia me esquecendo de um dos pontos mais importantes da questão, como vai o relacionamento amoroso, entre homem e mulher. Embora, todos saibam que viver juntos não é fácil, uma vez que, há uma convivência de duas personalidades diferentes. E, as arestas, de quando em vez, devem ou precisam ser aparadas constantemente. Para isso, o amor é essencial e, a paciência é o sal da mediação, porém, muito cuidado, pois, sal demais te estressa e, de menos ofende o outro. Sobre as amizades, algumas parecem que serão perpétuas outras são realmente passageiras, mas com uma freqüência muito acentuada a maioria delas acaba por apenas um capricho de uma das partes. Ou, talvez, devido ter sido construída com alicerces rasos, sem raízes e, por isso não suportam as primeiras desavenças surgidas. Pode ser que foram construídas em cima de conveniências e, possíveis interesses vantajosos que as mesmas poderiam receber mutuamente ou, isoladamente. Enfim, se formos ficar tecendo todas as situações existentes sobre o desamor é óbvio que não conseguiremos listá-las completamente. Porém, cada um de nós conhece ou viveu várias passagens sobre o tema e pode mentalmente incluí-los no texto. Infelizmente, não chegamos e nunca chegaremos ao ponto de virar a outra face para ser batida, como fez Jesus, aliás, por muito menos somos capazes de virar a mesa e quebrar o pau. Portanto, não restam dúvidas de que, realmente, não nos amamos.