Em pleno século XXI, estamos convivendo com uma série de atribulações, de toda sorte e, como se não bastasse, temos a companhia indesejável da Pandemia, provocada pelo vírus chinês. E, além de todas essas ocorrências, tivemos e estamos tendo a afronta das autoridades, que cuidaram da causa sem a devida cautela e observâncias impróprias para a saúde pública nacional. Afora isso, mas, também considerando que a companhia indesejável do Corona-Vírus, colaborou em muito para que o atropelamento da via moderna, ficasse bem mais robusta daquela, da qual, já estávamos passando e sentindo. Com isso tudo, sem nos apercebermos estamos cada vez mais nos tornando insensíveis a quaisquer tipos de sentimentos, principalmente a amizade e, a convivência amorosa entre os pares. Em vista disso, é bem visível a nossa robotização, o que na verdade nos tem prejudicado de maneira bem desastrosa. Essa mudança de comportamento nos dá condições de uma individualização pessoal enorme, cujo resultado nos arrasta a contrariar os desígnios de Deus, que nos criou para que vivêssemos em comunidade e, não em unidade. Em se considerando que cada vez em que o tempo vai passando, incrivelmente, vamos nos distanciando das pessoas, reforçando a vivência individual. Em vista disso, me lembrei de uma história de autor desconhecido, aliás, tal conto se não me falha a memória já o usei em outras épocas. Porém, considerando que o mesmo vem a calhar sobre o assunto referente a afronta, aproveitamos para inseri-lo, como segue: “ O menino era muito bravo e mal-humorado, gritava com os outros, xingava e, falava mal das pessoas. Seu pai, tentando ajudá-lo e, também com o intuito de corrigi-lo para o seu próprio bem e, das demais pessoas que tivessem contato com o mesmo. Chamou-o num particular e, deu-lhe uma bolsa cheia de pregos e disse que cada vez em que ele tivesse que perder o juízo, martelasse um prego na cerca. No primeiro dia, o menino cravou 37 pregos, no segundo 30 e assim por diante, diminuindo o número a cada dia. Ele descobriu que era mais sensato controlar seu temperamento explosivo, do que ir até o fundo do quintal para martelar a cerca com pregos. Até o dia que ele não perdeu a razão nenhuma vez. Quando disse isso ao pai, este retrucou que, a cada dia que passasse sem perder o controle, tirasse um dos pregos cravados na cerca. O tempo foi passando, até que um dia o menino disse finalmente ao seu pai que não tinha mais nenhum prego na cerca, foram todos retirados um a um a cada dia. Seu pai levou-o até lá e disse: Muito bem, mas veja esses furinhos todos que ficaram aqui. A cerca nunca mais será a mesma. Quando magoamos as pessoas, dizemos palavras que deixam cicatrizes iguais os furinhos. Por mais desculpas que peçamos a cicatriz, continuará lá. ” Notadamente, não se sabe porque razão, continuamos fazendo cicatrizes nos outros e, vice-versa, também continuamos recebendo cicatrizes dos outros. E, nesta mesma ordem, os pregos continuam sendo pregados e, ao mesmo tempo retirados, numa sinfonia desafinada e, imutável. Diante desse bonito exemplo fica bem evidente que as cicatrizes, mesmo danificando a nossa pele, parece-nos que temos preferência para os temperamentos contrários aos desígnios do próprio Deus. “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. “
Arquimedes Neves – Nei
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