Cinqüenta e um

Gente, por favor, não façam confusão do título do artigo com aquela famosa pinga 51, chamada carinhosamente de “boa idéia”, não tem nada haver com o que estamos querendo dizer. Quando me inspirei para colocar este nome no artigo, foi com alegria imensa que o fiz. Uma vez que, para mim e minha esposa significa muito, pois, o dito número se refere ao tanto de anos que estamos vivendo juntos como marido e mulher, isto é, casados. A título de ilustração gostaríamos de narrar algumas páginas bem lidas e vividas desta epopéia conjugal, uma vez que cinqüenta e um anos de casados são tempos demais para ninguém botar defeito. Sendo que, nesta trajetória toda, certamente, reside uma vida inteira, onde aconteceram coisas boas e ruins. As quais foram vividas a dois, passo a passo, sem esmorecer para conquistar as vitórias, festejadas juntos. Por outro lado, quando aconteciam as derrotas, principalmente nestas, as amarguras e lágrimas eram sofridas juntos também. No começo, a luta foi ferrenha, haja vista, que começamos do zero, ou seja, ela com o seu emprego de professora substituta e, eu como funcionário de empresa de fornecimento de eletricidade. É certo também, que nesta vida somos acompanhados por anjos protetores, considerando isso, tivemos a benevolência de meu sogro que nos ofereceu parte do quintal de sua casa para que pudéssemos fazer uma casinha de três cômodos. Dando assim um empurrãozinho para nos ajudar a começar a vida e, graças a Deus foi ótimo, pois, deixamos de pagar aluguel e, ajudou bastante na época. Logo após um ano e dez meses de vida matrimonial, nasceu nosso primeiro filho, o Luiz Henrique, foi uma graça total de Deus, porém, obviamente, apertou um pouco mais o orçamento doméstico. Comecei a fazer mais horas extras para melhorar o rendimento, a fim de poder fazer frente às novas obrigações. Cansei um pouco mais, porém, os resultados compensaram e, é bom frisar que a esposa ajudava muito nas economias domésticas e, isso foi de grande valia para podermos ir tocando o barco, com menos risco de afundar. Em outubro de 1.970, tivemos mais uma grande alegria de ver nascer a nossa filha do meio, Ana Paula, pois, logo adiante tivemos mais uma grande satisfação ao receber a nossa filha caçula, Maria Cristina, no ano de 1.975. Daí completou o time, foram anos maravilhosos, pois, a nossa família, agora completa, era formada de pessoas do bem, pois, o perfil que estava se formando mostrava nitidamente que teríamos grandes alegrias futuras com os mesmos. Felizmente, naqueles tempos, embora tivéssemos várias dificuldades, havia mais condições morais em criar os filhos, pois, estávamos num mundo muito mais disciplinado e, não contávamos ainda com as evoluções tecnológicas. Todavia, como já disse acima, nem tudo é cor de rosas, porém, é importante ressaltar que os maus pedaços acontecem, aliás, não foi diferente em nossa família. Assim é que nesse decorrer de tempo, perdemos pelo caminho muitos entes queridos, os quais nos deixaram muitas saudades. Meu pai se foi, meu sogro também, perdemos um genro, precocemente e, infelizmente, um netinho, recém nascido, este, certamente, virou anjinho para proteger seu irmãozinho que nasceu depois, fora um montão de amigos que nos eram muito gratos. É como dizem os filósofos de plantão: “a vida é assim mesmo e, o espetáculo não pode parar”. E, para coroar este ciclo esplêndido, não podemos nos esquecer dos protagonistas da extensão de nossa espécie, que são os netos maravilhosos que foram surgindo durante vários trechos desta bela caminhada. E, para agradar toda a platéia, tivemos cinco netos, sendo uma princesinha e mais quatro príncipes, os quais ficaram com a incumbência de dar seqüência ao nome da família. E, sem querer ser esnobe, considerando o tanto que os conhecemos, certamente, poderemos ficar tranqüilos, pois, darão conta do recado, com méritos inclusive. Finalmente, graças à proteção Divina que nos cercou e nos acompanhou em todos esses anos, queremos apenas agradecer a Deus pela bondade de seu deferimento especial para com nossa família. E, na verdade só temos a agradecer, uma vez que se formos ver tudo que recebemos até hoje, acreditamos que é muito mais do que de fato merecemos. Parabéns, então, para mim e minha Maria, juntamente, com a nossa prole toda. Obrigado Senhor.