Certas coisas não se discutem

Devem existir milhares de coisas que não se discutem, mas na própria acepção da palavra e, considerando o que mora na boca do povão, são três coisas que não se deve discutir. Todavia, o alerta quando não é levado a sério e é desobedecido, sempre o final das discursões acabam em dissabores com marcas profundas, quando não, em pancadaria. Os assuntos melindrosos são: Religião, Política e Futebol. Sendo que cada um deles é revestido de seus tabus impenetráveis, dos quais, certamente, quando violados por antagônicos, os nervos se alteram e, fatalmente a incompreensão começa a reinar neste momento. Vamos, portanto, tentar pincelar individualmente cada um deles, porém, devido à complexidade dos mesmos, certamente, cada leitor ao ler o artigo, terá ainda disponível em seu conhecimento muito mais coisas para acrescentar. Sobre a política, é um prato farto e saboroso, haja vista que todos somos especilialistas sobre o assunto, embora, ainda encontremos pessoas que se dizem alheias à política. E, aproveitando essa brecha, podemos acrescentar que ninguém em sã consciência deveria ser alheio à política. Isto posto, é certo que à medida que nos afastamos dos problemas que nos afligem, estaremos, com certeza absoluta, dando espaço para os aproveitadores se apossarem do sistema e ficarem a vontade como, aliás, sempre estiveram. E, por falar nisso, vem ano e passa ano, estamos sempre no mesmo lugar discutindo as mesmas coisas sobre a atuação política. E, isto ocorre devido a nossa ignorância e teimosia, pois, quando nos surge a oportunidade de mudar as coisas, através do voto sério e livre, inexplicavelmente, votamos errado ou votamos em ninguém. Prova disso, é que, passados alguns meses dos pleitos não sabemos em quem votamos!  Puxa, sendo assim, agimos erradamente, pois, não garantimos a nossa condição de cobranças junto aos nossos representantes, uma vez que nem os conhecemos e, portanto, perdemos os direitos em exigir o cumprimento de suas obrigações. É bem por isso que o assunto política é um dos assuntos que não se pode discutir devido à miscelânea que nós próprios fazemos e nos perdemos. Mais uma vez vamos usar o óbvio e mais cômodo “deixa pra lá”, ou seja, vamos deixar como está para ver como é que fica. E, quanto ao futebol, como fantasia de nossas divagações, desde quando surgiu aqui na terrinha, é e sempre será sinônimo de alegria. Porém, grupos de fanáticos marginais, através dos tempos estão desmistificando essa grande alegria, fazendo do querido esporte, dispustas extras campo, de lutas e verdadeiras guerras. Infelizmente, E, isto não é uma citação isolada, acontece toda semana, basta o time do coração de cada fanático não ter sucesso em campo para que os vândalos acabem com tudo, inclusive se massacrem entre si. Coisa do demônio. Por isso, é prudente e recomendável que não se discuta este assunto com pessoas exaltadas, caso contrário, terá grandes dissabores e, correrá o sério risco de perder a vida, por caso de um simples assunto envolvendo o belíssimo esporte chamado futebol, é uma pena. Sobre a religião, neste caso, a participação dos seguidores dos milhares de credos existentes, possibilita as mais variadas manifestações, sendo que em alguns casos chegam-se também as raias do fanatismo desenfreado. E, tais atitudes, certamente, atrapalham quaisquer movimentos. Haja vista, que o fanatismo age nos extremos e, essa posição não possibilita condição alguma de opção, uma vez que extremo é sempre limite. No entanto, uma coisa que nos preocupa é que de todas as ceitas existentes, o Ser Supremo é o mesmo, ou seja, Deus. Portanto, não se concebe de forma alguma preterição gratuita de umas entre as outras. E, aproveitando uma colocação do papa Francisco que procurou definir religião como paradigma da humanidade sempre espelhada na figura do Cristo Jesus, disse: “Você pode ter sido criado na igreja, pode ter sido batizado na igreja, pode ter servido na igreja, pode ser que tenha casado na igreja e, mesmo assim acordar no inferno, caso você esteja meramente na Igreja e não em Cristo”. Com essa posição o papa acredita que todas as igrejas são iguais, desde que a busca e a existência das pessoas estejam alicerçadas em Cristo. Fora isto, tudo não passa de formalismo barato em busca de coisas pequenas que não são do alto. Portanto, a falta de compreensão desta verdade é que nos torna mesquinhos e cegos, pois, se cada um estiver preocupado somente em mostrar que a sua religião é a melhor, fatalmente, transformará em disputa a busca dos caminhos da fé e do Cristo. Em assim agindo, certamente, isto não será agradável ao Senhor. Definitivamente, o melhor mesmo é continuar não discutindo tais títulos, enquanto, não houver caridade, humanidade e amor entre os homens.