Às vezes, fico pensando que podem os meus queridos leitores ao se depararem nos finais de semana com os artigos de minha autoria, achar os temas, pelo menos, parte deles, carregados pieguices. Falo isso, apenas no sentido figurado, basta ver que o sentimentalismo tem muito mais sentido romântico do que prático. Isto é, levando-se em consideração que nos dias de hoje as pessoas, na maioria delas, estão aplicando a tese de que “quem pode mais chora menos”, infelizmente. Afora este preâmbulo, achei por bem contar que semana que passou fui, juntamente com a minha Maria, visitar a amiga Hermelinda Maraci que havia sofrido uma intervenção cirúrgica. Quando chegamos foi uma verdadeira festa, haja vista que a dita cuja amiga é uma pessoa extrovertida e, tem um papo para lá de bom. E, naquele clima amigo, jogamos um punhado de conversa fora, falamos de quase tudo, inclusive das saudades dos amigos que já se foram para o outro lado da vida. E, dentro destas conversas todas, acabamos entrando num campo um pouco minado, isto porque a maioria das pessoas não gosta de falar sobre esse papo de ajudar os semelhantes. Isto porque acham que o ditado popular que diz: ”Cada um por si mesmo e, Deus para todos, ou melhor, só para mim”, é uma das melhores desculpas. E, infelizmente, é assim mesmo que estamos vivendo hoje e, quando se encontra uma pessoa como a minha amiga que já é voluntária, por durante dezesseis anos num hospital da cidade, no setor de Hemodiálise. Aí, não tem jeito mesmo, você fica pasmo e de boca aberta por ver o desprendimento daquela humilde criatura de Deus. E, por falar nisso creio eu que muitas e muitas pessoas desconhecem as atividades num setor de Hemodiálise e, caso isso seja fato, você vai perceber que por mais difícil esteja sua vida, em comparação aos pacientes daquele setor, você, certamente, vai achar que está no céu. Obviamente, sabemos que existem outras situações de existências lastimáveis e, quaisquer que forem as comparações é muito difícil qualificar quem está pior. Portanto, este não é o caso em si, o que estamos comentando é do amparo que essas criaturas precisam, para pelo menos se sentirem amadas e, que afinal existe alguém disponível voluntariamente ao seu lado, Dando-lhe o maior calor humano jamais imaginado. Por outro lado, a nossa amiga nos informou também da batalha que é feita diariamente para angariar coisas necessárias, cujas quais, o hospital não oferece. É bom, no entanto, frisar que o tratamento médico e, a maioria da medicação necessária, principalmente, as mais onerosas são fornecido pelo hospital. E, em tempo, é importante também destacar, pela oportunidade que se oferece que a instituição hospitalar disponibiliza aos atendidos tratamento de primeiro mundo. Assim, queridos leitores segundo a minha amiga, há necessidade de doações as mais variadas possíveis, tais como: cestas básicas, leite, pão, roupas femininas e masculinas etc… Inclusive, estão precisando de mais voluntários, haja vista que o quadro de atendimento diário gira em torno de mais ou menos duzentos e trinta pacientes. Embora, devemos considerar que todos são dotados de livre arbítrio, sem exceção, portanto, somos independentes para decidir, fica assim a critério de cada um se é preferível ter guardas roupas cheios de peças, muitas delas há muito tempo obsoletas, de ter disponibilidade financeira satisfatória, de ter tempo livre, com saúde, sem aproveitamento prático, enfim, daquilo tudo que extrapola as nossas necessidades normais para viver bem. Reflitamos sobre isso com o coração e, sintamos mentalmente se tais atitudes vão nos fazer bem. Se sim, doemos e nos doemos, porém, sem propagandas, sem holofotes, sem estardalhaços, deixemos somente o nosso coração saber disso, pois, Deus que é o mais importante, certamente, está nos vendo. Beijos.