Há um mês, ao recebermos das mãos de um casal amigo convite para comemorar seus cinqüenta anos de casados, fomos acometidos de uma enorme emoção. Primeiro pelo grande feito, uma vez que completar meio século de união conjugal não é tarefa para qualquer um. Pois, tal episódio merece uma grande ovação e completa admiração. Haja vista que considerando os tempos de hoje onde casar e descasar é como se fosse algo normal, não é mais nem questionável, pois, pelas estatísticas mundiais dos enlaces existentes, poucos conseguem atingir tais metas. Principalmente, nestas últimas décadas, a partir dos anos oitenta onde ocorreram à aceleração da evolução tecnológica e, os costumes sofreram grandes transformações até os dias de hoje. Faz algumas semanas assisti através dos canais televisivos uma reportagem sobre o relacionamento de jovens, sobre os quais se deu para perceber claramente que os compromissos não existem. E, ficou bem explícito que ninguém é de ninguém e o objetivo principal é provar quem consegue o maior número de conquistas sem que haja nenhum tipo de responsabilidade. Chegando-se ao cúmulo de nesses encontros os pares não saberem, inclusive, os nomes uns dos outros. Isto porque o ser humano é o menos importante no contexto geral, pois, o que se leva em conta com destaque absoluto são os encontros, considerando apenas quantos foram realizados. Por outro lado, tais atitudes não deixam de ser bastante divertidas, pois o propósito é permanecer distante de compromissos mais sérios e duradouros. E, em contra partida é certo também que é sabido que aumentaram sobremaneira o número de divórcios em relação aos casamentos, fato esse que certamente impedem o crescimento dos matrimônios, particularmente daqueles denominados “até que a morte nos separe”. Devido a tudo isso, não resta a menor dúvida que quando nos deparamos com uma comemoração de Bodas de Ouro, não há porque não ficarmos felizes e, soltar rojões para aclamar a todos sobre a alegria contagiante desta magnitude. E, para esse momento, a felicidade tem que ser contagiante mesmo, pois, é muito raro participarmos de festas desta natureza. Uma vez que, tais compromissos estão cada vez rareando mais e, pelo visto as perspectivas são de que à medida que o tempo for passando veremos menos comemorações sobre este tipo de modalidade. Queridos irmãos, imaginem uma vida a dois durante cinqüenta anos, obedecendo às promessas feitas diante do altar nupcial, onde as célebres palavras, “na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza”, são uma incógnita na caminhada. Isto porque, a maioria dos casais, pelo meio do caminho vai se esquecendo daqueles compromissos feitos diante de Deus um dia. Tanto é verdade que muitos só querem viver as partes boas do relacionamento conjugal, ou seja, a alegria, a saúde, a riqueza e, quando surge à doença, a tristeza e a pobreza pulam imediatamente fora do barco do suposto amor. Assim é que contrariando tudo isso e, demonstrando uma fé inabalável e, um respeito mútuo, foi desta forma que o casal Suzana Cornélio Morais e Antonio Raimundo Morais Neto enfrentou todas as dificuldades da vida juntos. Embora, no decorrer destes anos todos tenham ocorrido, com certeza, momentos de ter muita vontade de chutar o balde e mandar tudo pelos ares, de ambas as partes, se contiveram com Deus presente. E, nestes momentos nebulosos, certamente, fizeram o “dever de sentar-se”, eliminado-se as arestas e, tiveram coragem, humildade e, acima de tudo muito amor para permanecerem juntos até hoje. Demonstrando com muita garra e determinação que é possível enfrentar os obstáculos se está presente a força de um grande amor, que é a chama viva que faz o casal permanecer unido para sempre, com a graça de Deus. É, portanto, com muita alegria e satisfação que parabenizamos o simpático casal amigo, Suzana (Lindinha) e Antonio, que gloriosamente conquistaram o troféu desta maratona de vida exemplar. E é, por isso, que neste dia sublime, os dois, um ao lado do outro, estão singelamente recebendo os louros da vitória. Que Deus os ilumine, sãos os nossos votos e, nós todos, indistintamente amamos muito vocês, pois, são exemplos cristalinos de vida. Obrigado Suzana e Antonio. Amém.