Atitudes mesquinhas

Em situações embaraçosas, coincidindo, às vezes, com um momento um pouco tenso, há possibilidades de se ter reações um tanto quanto variadas, agressivas ou, na melhor das hipóteses mais amenas, aliás, caso muito raro. E, neste particular, convém ressaltar que pode-se ficar inerte, sem nenhuma reação, ou, o mais comum, tornar-se explosiva e ameaçadora, principalmente, se tiver, uma posição de ascendência sobre a pessoa que pressupostamente a está embaraçando. Na verdade, isto tem uma grande incidência no trabalho, principalmente, quando uma chefia sem muitas qualificações profissionais, que começa a ver seus subordinados como “sombras” particularmente, naqueles que mais se destacam. Acreditando que os mesmos podem ser futuros competidores de seu lugar. E, por conta disso, começa a se portar de maneira hostil, grosseira e intimidadora, achando, infelizmente, de que tal postura lhe conservará a autoridade, supostamente, ameaçada. Uma vez que, segundo a sua cabecinha oca, somente o poder pode dar-lhe domínio sobre as pessoas a seu bel prazer. Outrossim, é deveras importante citar, que tais atitudes mesquinhas, não só acontecem somente nos ambientes de trabalho, elas se alastram por toda a sociedade. Pelos lares, principalmente, com as domésticas, ou em qualquer outro lugar, desde que haja uma relação de patrão e empregado. Só isso basta para se criar aquele clima de autoridade imbecil, onde prepondera a força, a ameaça e, outros tipos para se mostrar quem de fato manda no local. Isto porque, na maioria delas, os incautos não possuem credenciais específicas para comandar e, isto os apavora. E, em assim sendo, infelizmente, tais pessoas, não possuem nenhum espírito de solidariedade. Inclusive, acham que gritando, falando alto, humilhando, vão conseguir resultados, na maioria das vezes, sim. Mas, não notam que tais comportamentos, produzem, com certeza, naqueles atingidos feridas incuráveis, dissabores e, muita amargura, pois, foram inferiorizados a vida toda. Todavia, o que nos conforta, de certa forma, é saber, que na maioria dos casos, os incautos, acabam encontrando o prêmio por suas atitudes mesquinhas, um final de existência, literalmente, na solidão. Pois, é certo que quem planta maldade, obviamente, colherá o que plantou, ou seja, desolação e abandono. A propósito, achei dentro de uma caixa de sapatos vazia, porém, cheia de guardados antigos, um papel amarelecido pelo tempo, com um conto, de autor desconhecido, que seria interessante apresenta-lo a vocês, a fim de tentar ilustrar melhor o presente texto, como segue: “Certa manhã, me pai muito sábio, convidou-me para um passeio no bosque e, eu aceite com prazer. Ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio me perguntou: Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: estou ouvindo o barulho de uma carroça. Isso mesmo disse o meu pai é uma carroça vazia. Perguntei ao meu pai: Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que a carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça estiver, mais barulho ela faz. “Fiquei encucado na época, mas, os tempos foram passando e, tornei adulto, porém, todas as vezes, em que vejo uma pessoa impertinente, querendo ser “o rei da cocada branca”, me lembro, instantaneamente, de meu pai, dizendo: “quanto mais vazia a carroça estiver, mais barulho ela faz”. Isto porque, quanto mais vazia estiver a cabeça de determinadas pessoas, mais mesquinhas são. Felizmente e, independente destas dificuldades de convivências desagradáveis, Deus, na infinita bondade nos deu de graça uma vida maravilhosa e, nos disponibilizou enormes benesses para que vivamos bem e em abundância. Aproveitemos e, Obrigado Senhor.

Arquimedes Neves – Nei

www.neineves.com.br