Maioria de nós, quase que sem exceção, sente profundamente quando as coisas estão saindo pelo ralo, desembocando sem chance nenhuma de mudança de rumo, ou seja, vai cair no esgoto. Eu detesto demais da conta quando me torno uma pessoa azeda para o mundo, deixando para trás, inclusive, a esperança, sentimento este que nos mostra que na pior das situações sempre é possível enxergar uma luz no fim do túnel e, no caso em pauta que vamos descrever, para qualquer lado que se olhe, o horizonte vai estar sempre negro e tenebroso. E, o pior de tudo isso, é que a cada dia que passa vai-se assistindo, passivamente, a descoberta de atos escabrosos. E, por que não dizer criminosos, sempre contra os infelizes tupiniquins desta terra, que outrora fora alvo de prosas e versos dos poetas e dos estrangeiros que veneravam nosso solo, embora massacrado e, que ainda continua lindo e hospitaleiro. Por tudo isso, o quadro administrativo do país é o mais calamitoso possível, pois, além de estar em situação de UTI, com possibilidades enormes de não se recuperar, pelo menos por enquanto. E, mesmo assim, os homens lá de cima, com a maior cara de pau possível continuam saqueando-o sem dó e sem piedade, aliás, não precisa ser muito inteligente para perceber isso, infelizmente. O que mais nos entristece é que recentemente formaram uma comissão para listar as medidas para coibir e punir com rigor as práticas de corrupção. Vejam só como as coisas funcionam, dentre os itens do pacote, foi introduzido, ardilosamente, um item de capital importância para os políticos corruptos, denominados de “anistia eleitoral”, o qual desconsiderava todos atos ilícitos praticados até então e, que só teria validade daqui para frente. Com isso, livrariam a pele de muitos que já estão e, ainda estarão nas garras maravilhosas e salvadoras da “Lava a Jato”. Vejam só que descabimento, ainda bem que pela “chiadeira” geral, os espertos tiraram, por enquanto, o item da votação, mas é bom ficar de olhos abertos e atentos. Olha não dá para colocar tudo que está acontecendo no papel, porém, é certo de que o desmoramento é evidente. Só para complementar, nesta semana, aconteceu mais um episódio interessante destituiu o presidente do Senado, mas, ele “nervosinho” bateu o pé e não saiu. Fizeram, então, outra reunião para decidir a situação e, por incrível que possa parecer, o presidente citado, teve votação favorável, resolveram deixar ficar como está, portanto, jogaram a Liminar no lixo e, por aí vai. A propósito, eu tenho um amigo chamado João Martins, reside em outra cidade, pessoa culta e muito bem preparada, também preocupado com os destinos de nossa pátria, sempre me brinda com assuntos correlatos. Desta forma, entre um contato e outro, chegamos a achar que para tirarmos deste marasmo o país, seria preciso instituir uma Reforma Política, como única saída para colocar o “trem nos trilhos”. Acontece que agora, caro João e leitores, pensando melhor e, vendo o quadro negro sem escritas favoráveis, creio que uma Reforma Política, também não resolveria. Pois, naturalmente, seriam os mesmos que iriam elaborá-la. Portanto, os frutos seriam duvidosos e, correríamos o risco de ficar na mesma, gastando muito dinheiro como sempre, sem nenhum resultado satisfatório para o povo. Destas feita, creio que a solução plausível seria a instalação de uma Assembléia Constituinte, formada por pessoas qualificadas e que não fossem políticos ativos ou inativos e, que também estivessem impossibilitados de se candidatarem, logo após, a instauração da Nova Constituição. De fato, a nossa tensão é tão grande que a gente não sabe como agir, porém, fica aí a sugestão, embora, sejamos um pequeninho grão de areia, temos esperança que germine a sementinha. Uma vez que, devemos considerar como parâmetro a semente da mostarda, citada na bíblia, que na verdade é a menor de todas as sementes e, quando germina apresenta-se como uma árvore bela e frondosa, onde pássaros pousam para repousar e, transeuntes a tem também para se proteger momentaneamente do sol escaldante. Porém, de uma coisa temos a certeza absoluta a de que algo precisa ser feito, pois, a gente não sabe até quando agüentaremos.