Arrependimento tardio, pense bem antes de agir.

É, bem evidente que, se passarmos a sentir uma lamúria qualquer, é bem provável que nessas condições estaremos caminhando a passos largos para uma possível depressão. Haja vista, que após senti-lo, o nosso astral fica um tanto quanto embaçado. E, consequentemente, uma sensação, a qual, se pode facilmente denominá-la de remorso. O que realmente nos deixa pensar é que quando nos arrependemos é porque, na maioria, das vezes, fomos nós mesmo que provocamos. Logo nos vem à lembrança de que o nosso ato provocativo, sem dúvida alguma, adveio de algum gesto impensado. Na verdade, já que sabemos que a maioria dos arrependimentos são frutos de atos impensados, principalmente, as palavras que ferem mais depressa e profundamente. Em sendo assim, melhor seria que adotássemos daqui para frente, o virtuoso costume de pensar duas vezes antes de agir ou falar. Ou melhor, como se dizia antigamente, é mais fácil contar até dez, caso não dê certo, pode esticar a contagem até vinte. E, como é de nosso costume, para emoldurar esta narrativa, encontramos um conto de autor desconhecido, que vem a carácter melhorar o nosso entendimento sobre aquilo que queríamos dizer, como segue: “uma jovem estava aguardando um avião, na sala de espera de um grande aeroporto. Como deveria esperar várias horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo e, aproveitou também para comprar um pacote de biscoitos. Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para poder descansar e ler em paz. Ao seu lado haviam duas poltronas vazias e, que em uma delas, veio a se acomodar um homem, que abriu uma revista e começou a ler. Quando ela tirou o primeiro biscoito, o homem retirou um também. Sentiu-se indignada, com tamanho atrevimento, mas, não disse nada. Apenas pensou: “mas que insolente, se eu tivesse com disposição, dar-lhe-ia um soco no olho, para que ele jamais se esquecesse deste atrevimento. ” Cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo à foi deixando cada vez mais indignada, mas não conseguia reagir. Quando restava apenas um biscoito, ela pensou: “ah! O que vai este abusador fazer agora? ” O homem pegou o último biscoito e, o dividiu ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah! Isto era demais, então ela pegou o livro e o estante de suas coisas, levantou-se e dirigiu-se para à porta de embarque. Quando se sentou, confortavelmente, numa poltrona, já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para tirar os óculos, para grande surpresa, viu o pacote intacto com os biscoitos que tinha comprado. Sentiu imensa vergonha, pois, percebeu que quem estava sendo atrevida era ela mesmo. Tinha se esquecido que havia guardado os biscoitos dentro da bolsa. O homem tinha divido os biscoitos com ela, sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado.  Entretanto, ela tinha ficado transtornada, pensando estar a dividir os biscoitos dela com ele. Era tarde demais, já não havia mais ocasião para se explicar e, nem pedir desculpas, com certeza, jamais veria novamente aquele homem. Portanto, por longo tempo iria amargar aquele momento, em que foi primeiramente egoísta, por caso de alguns biscoitos, dos quais não valia a pena derrubar mundo. Portanto, queridos leitores amigos, existem quatro coisas que depois de realizadas não se pode recuperar.  A primeira delas, é de uma pedra depois de atirada, sem chance alguma de retorno. A segunda, é a palavra depois de proferida, quaisquer desculpas apresentadas, o efeito nunca é satisfatório. A terceira, se perdeu a ocasião, ou melhor, o momento, não também nenhum efeito retroativo que a faça retornar. A quarta, o tempo depois de passado, sem lamentações, pois, o mesmo jamais retornará. E, aí amigos, não seria mais interessante que se contássemos até dez, ou, para os mais intolerantes até vinte, antes de praticar alguma atitude impensada. Portanto, antes de qualquer atitude, vamos pensar primeiro nas perdas e, depois, discernir com sabedoria para não ficar com cara de choro, sem chances de recuperar.

Arquimedes Neves – Nei

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