Quem por acaso já não ouviu o dito popular que diz “as aparências, as vezes, enganam”. Acredito que a maioria das pessoas já deve ter ouvido e, a bem da verdade é bastante comum que sempre estamos ouvindo as lamentações de pessoas ao ter sido enganada por ter confiado demais. E, para ser mais claro é comum também e próprio de nós mesmos que sempre estamos confiando em estranhos apenas pela maneira com que eles se apresentam na primeira aparição. Basta para alguns de nós vermos uma pessoa bem vestida, mostrando independência econômica e a ostentação de algum bem material, carro, por exemplo, para que abramos as portas de nossa casa, como se aquela pessoa fosse uma velha conhecida. Por outro lado, o contrário também é verdadeiro, ou seja, quantos de nós ao conhecermos ou vermos uma pessoa bem humilde, sem muita luz, vestimentas simples, já é o bastante para receber a nossa rejeição ou, no mínimo indiferença.  Já imaginaram quantos dissabores estaremos sujeitos por esta atitude descuidada e acomodada. Isto porque nos parece muito mais fácil manter uma vida simulada do que, às vezes, enfrentar as realidades que ela nos oferece. É certo também que uma vida de aparências pode satisfazer apenas a plateia que está convivendo as supostas realidades apresentadas. Todavia, aquele ou aqueles que são os protagonistas desta imaginação, certamente, convivem com realidades, às vezes, amargas. E, dentro deste quadro de aparências, podemos citar várias facetas representadas por aqueles que fora de seu ambiente são uns amores, pessoas requintadíssimas e, no seu próprio ambiente tornam-se pessoas terrivelmente irascíveis, são verdadeiros lobos em peles de carneiros. Demais, a aparência no velho dicionário tem várias denominações, inclusive simulação, ou seja, fazer parecer que é mais não é. Portanto, salvar as aparências, pode ser considerado uma simulação, tentar mostrar uma coisa quando na realidade é outra completamente diferente. Por outro lado, já ouvimos também falar que a aparência é tudo, todavia, esta conotação vale mais para uma apresentação, o que, aliás, é bastante óbvio. Haja vista que se formos à caça de algum emprego, é bem conveniente e, por que não dizer necessário que nos apresentemos bem, para no mínimo causar uma boa impressão. De fato, e a propósito é como todos dizem: “a primeira impressão é a que vale”, embora, é preciso como condimento adicional complementar dessa primeira apresentação com as qualidades necessárias para completar o ciclo. No entanto, no frigir dos ovos, é sumamente importante discernir com clareza as coisas, uma vez que o cérebro consome de cinco a seis segundos para montar um conceito ou, na pior das hipóteses um preconceito. Por isso, seria prudente e bastante previdente nunca formar opiniões ou julgar somente pelas as aparências, as probabilidades de enganos são muito maiores. Neste enfoque, com certeza quase que absoluta, as perdas serão maiores do que os ganhos.