Acho que não é segredo para ninguém, de que não somos nada. Entretanto, ainda existe por aí alguns babacas que teimam em exibir o contrário. Aliás, esses são na verdade, os que vão, mais cedo ou mais tarde, descobrirem que realmente não são nada, daí a dor vai ser muito maior. Infelizmente, existe neste mundão de Deus, um sem número de pessoas que passam por esta vida sem vivê-la, não há percepção nenhuma. Os objetivos são desviados para caminhos fáceis, daí colocam tudo a perder e, vão descobrir, na maioria das vezes, tarde de demais. Normalmente, perdem o maior tempo disponível em jornadas a busca de riquezas, cujas quais, podem não ser conseguidas e, nesta labuta, a vida vai e, se deixa de vivê-la. Existem e, nós, particularmente, conhecemos muitas pessoas que envelhecem antes do tempo, devido ao acúmulo fora de propósito de preocupações em ter mais, do que em ser mais. Chegando, alguns ao cúmulo de acharem que as demais pessoas estão contra elas e, tal é a crença negativa sobre os outros que acabam se isolando, envelhecendo precocemente e, acabam morrendo assim. Isto porque as companhias inseparáveis destas criaturas são o medo e o orgulho. Afora isso e, voltando a afirmação de que “ não somos nada”, nos coloca diante de uma verdade universal de que ninguém, mas ninguém mesmo, irá tirar vantagens eternamente. E, em consequência disso, a vida sorrateiramente nos prega algumas peças, mais para nos despertar e nos colocar nos devidos lugares. No entanto, considerando a nossa teimosia descarada, para que nos nivelemos só existe um modo que nos faz iguais, necessariamente, é a dor, infelizmente. Uma vez que na dor somos todos iguais, desaparecem as classes sociais e, absolutamente nada nos podem diferenciar uns dos outros. Um exemplo mais contundente é a morte, que nos coloca num mesmo nível, tanto é verdade que a dor da separação não tem remédio. Um filho marginal, drogado, tira o sono de muitos, principalmente da mãe. Um ente querido doente, traz grandes sofrimentos e penúrias para o próprio, quanto para os seus que o assistem. Existem milhares e milhares de exemplos, cujos os quais, nos colocariam em meditação permanente, basta observar o dia a dia, que veremos sempre um fato novo acontecendo. Diante deste quadro, parece até brincadeira, haja vista que existem pessoas que pensam que as fatalidades só acontecem com os outros. Ledo engano. Estas pessoas esquecem que somos presas fáceis, uma vez que estamos sempre a mercê dos acontecimentos, não há como evitar. Mediante isso, seria muito mais prático e coerente uma tomada de consciência de que não somos nada e, diante desta contestação, faria, certamente, as coisas funcionarem muito melhores. Todavia, é certo de que a vida é muito curta, no entanto, é certo também que muitos a deixam passar sem se dar conta disso. É preciso acordar para a vida, fechar os olhos para o orgulho inútil e lutar para que sejamos um zero à direita e não a esquerda. Temos a obrigação de deixar a nossa marca, sentir que estamos sendo úteis, valorizando a cada dia com humildade suficiente. Ter a consciência de saber o quão pequenino somos diante da grandeza de Deus. A vida é curta não a desperdice.
Arquimedes Neves – Nei
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