A opinião pública nunca foi ouvida e, jamais será.

Infelizmente, continuamos a assistir sentados, comodamente, em nossas poltronas, todos os desmandos políticos, cujos os quais, já estão, devidamente, incorporados no cotidiano brasileiro. E, somente para ilustrar o assunto, escolhemos uma situação no mínimo estranha, que teve como protagonista o deputado Sérgio Moraes. Representante do Rio Grande do Sul na, Câmara Alta, no período de 2007 a 2.011. Na época, em um dos períodos, ocupou o cargo de Relator na Comissão de Ética, o infeliz, num processo contra um colega que estava envolvido num crime de ocultação de renda. Antes de encaminhar o processo, defendeu em tribuna e, também em entrevistas à imprensa, abertamente, o colega. Dizendo sobre os predicados do mesmo, inocentando-o, antecipadamente, justificando que o deslize do investigado, era apenas um pequeno desmando, próprio da natureza humana. Até aí, tudo bem, haja vista que tal corporativismo é, característica própria entre os pares. Queridos leitores (as), o que realmente nos deixou completamente chateados e, não acreditando que aquela autoridade política estava falando aquilo que, estávamos ouvindo. Dizia, que ele e seus colegas, estavam se lixando para a opinião pública, pois, o episódio acontecido, logo seria esquecido. Na verdade, é que, o que mais doía, era que o deputado, estava carregado de razão, pois, nós esquecemos e, nas próximas eleições, eles se candidatam, outra vez e, o pior de tudo, é que são novamente eleitos. É certo também e, é sabido por todos nós que desde os tempos da Velha República, somos considerados como de segundo plano, pelas autoridades políticas. E, de lá para cá, a impunidade foi aumentando e, por que não dizer se sofisticando cada vez mais. A ponto de que no próprio Conselho de Ética Federal, existem ali membros efetivos que já foram processados e, até punidos, porém, inexplicavelmente, são os próprios que definem e julgam se os colegas são culpados ou, não, de algum fato ligado à corrupção ou, a desmandos. Aliás, é uma situação muito confortável, para os ditos políticos, é como se colocássemos uma raposa para tomar conta do galinheiro. E, para encerrar com chave de ouro, mostramos a nossa decepção, com um acontecimento recente de desmando, cujo o qual, se refere a Pandemia e, o desinteresse da esfera federal, com a importância que se deveria ter sido dada a esta plaga do COVID-19.  A saber li, recentemente, no Diário de Votuporanga, uma matéria no mínimo alarmante, onde a Fiocruz, Laboratório Brasileiro de Ciências e Tecnologia, descobriu o genoma e as divisões celulares do COVID 19, no mês de abril/20. Foi a Fiocruz que descobriu que sua base era de gordura, porém, o laboratório não tinha a tecnologia para desenvolver a vacina, mas sabia como deveria ser feito. Procurou o Governo Federal na época e este “não deu ouvidos”, não autorizou auxílio financeiro e desprezou a pesquisa, o que é lamentável. Todavia, por graça Divina, a Fiocruz não desanimou e entrou em contato com o Butantã/SP e se uniram, com extensão ao laboratório de Oxford. A matéria jornalística nos informa que os trabalhos da produção da vacina, estão atualmente com 93% de êxito e, por incrível que possa parecer sem nenhum auxílio de órgãos governamentais, o que certa forma é muito melhor para todos nós. Desta forma, queridos leitores (as), fica mais evidenciado de que a opinião pública nunca foi ouvida e, jamais será.

Arquimedes Neves – Nei

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