Há, exatamente, 198 anos passados, precisamente, em 7 de setembro de 1.822, através da ousadia de Dº Pedro I, ás margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, o imperador português, se viu obrigado pelas condições de submissão a programar a independência do Brasil definitivamente. Portanto, no próximo dia 07, acontecerá o aniversário da famosa decisão que nos deu, definitivamente, a condição de “donos de nosso próprio nariz”, ainda, em tese. No passar dos anos, fomos nos adaptando a tal liberdade, é certo que aconteceram mais coisas boas do que ruins, haja vista, que nos tornamos uma nação mundialmente conhecida e, livre. Em assim sendo, a expectativa era enorme, principalmente das classes menos privilegiadas. Cujas quais, já eram um número significativo, vendo que o imperador seria dono absoluto do poder, acreditavam na possibilidade de que haveria, uma melhora significativa na vida dos brasileiros das classes inferiores. Na verdade, a expectativa de que haveria melhoras era dominante, infelizmente, deu-se a nítida impressão de que realmente piorou. Uma vez que se podia observar isso, considerando que, como era naquela época até os dias de hoje, o povo continuava distante das decisões políticas, sem saber o que estava acontecendo e, nem participava de nada. Por outro lado, era verdade também, que havia por parte da população um desinteresse total, como acontece até hoje. Somente a título de ilustração, podemos considerar que a estrutura se manteve a mesma, inclusive, a agrária, cujo papel na revolta foi decisivo e, muito importante. A escravidão se manteve, mais firme do que nunca, a distribuição de renda continuou totalmente desigual e, nesta parcialidade social, somente, alguns poucos tiveram vantagens. É, também, possível notar algumas diferenças, haja vista, que os políticos atuais, são mais espertos e, menos temerosos. Isto, porque, sabem que diante de quaisquer represálias, estarão protegidos pelo manto da impunidade, existente neste meio. Revendo tudo isso, é possível notar também que os desmandos políticos atuais, têm suas raízes lá no início, uma vez que todas as coisas de origem política, sem exceção, são hereditárias. Tanto é verdade que, se formos fazer uma retrospectiva de atuação de governos, vamos perceber que as elites dominantes, sempre têm como objetivo principal oprimir as classes dominadas e, certamente, com o aval governamental. De tudo isso, queridos leitores (as), o que nos intriga é que os governantes saem do povo e, é o próprio povo que os coloca lá, então, como é que, existem dominantes e dominados! Olha, é melhor, pararmos o assunto por aqui, pois, caso teimemos em descobrir o mistério, corremos sérios riscos de ficar “lelé da cuca”. Gente, olhe bem, pois, o “Grito da Independência ou Morte”, deveria se ecoar nos quatro cantos desta terra descoberta por Cabral. E, ao mesmo tempo, é preciso sair de dentro de nós, para que as mudanças possam acontecer. Caso contrário, ficaremos por mais séculos ainda, amargurando esta lei do mais forte, cuja qual, sabemos que é, totalmente, adversa a lei do Criador. Todavia, embora possa parecer impossível virar o jogo, estamos aguardando um milagre. A fim de que, o povo possa acordar e, praticar nas urnas um voto livre, secreto, personalíssimo e, acima de tudo consciente. Em sendo assim, a nossa escolha será isenta de sentimentalismo e favores não merecidos, só levará em conta somente, o caráter e a capacidade do escolhido. No mais, caros leitores, viva a Independência do Brasil.
Arquimedes Neves – Nei
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