A importância de saber o nome das pessoas

Não sei por que razão, de repente, achei estranho demais que muitas pessoas se conversam, até por sinal, uma quantidade de vezes até excessiva com determinada pessoa e, nem pelo menos se sabem, entre si, seus nomes. Isto, não parece estranho ou não! Eu já ouvi pessoas chamarem as outras de “oi coisinha”, “oi bicho”, ou outra definição pejorativa, como se fôssemos objetos descartáveis ou insignificantes. Tais atitudes, certamente, colocam os seres humanos que se comunicam como se fossem verdadeiros “robôs”. O que na verdade ao verificarmos como vão os tratamentos atualmente, as pessoas estão cada vez mais sendo tratadas como obsoletas do que, realmente, se imaginam. Todavia, em contra partida, é certo de que, a gente sente claramente que quando somos chamados pelo nome, sentimos intimamente uma satisfação muito grande pelo reconhecimento e pela distinção. E, em conseqüência direta de raciocínio, podemos deduzir facilmente que este relacionamento tem uma tendência enorme de progredir numa amizade cercada de respeito. Pois, a reciprocidade destas condutas traz benefícios inimagináveis e solidifica os laços de aproximação. A propósito, me lembro muito bem que lá pelos idos da década de sessenta, quando cursava o colégio comercial da cidade, o saudoso professor Reinaldo Rossi, com muita propriedade dizia: “quando a pessoa nasce e, recebe o nome de batismo, ela adquire simplesmente a personalidade, pois, torna-se um ente conhecido”. Vejam, portanto, como é importante o nome, assim é que, quando você é chamado pelo nome, ufanamente você se torna uma personalidade, de fato e de direito, reconhecida. Dessa maneira, você não é um objeto qualquer, sem eira e nem beira, você tem nome, você é o fulano de tal e pronto, sem questionamentos. E, para variar, com o intuito exclusivo de melhorar o texto, achamos uma passagem ocorrida com Confúcio, filósofo chinês, que ao ser indagado por um de seus discípulos sobre se fosse convidado para governar um país, qual seria sua primeira providência? “Confúcio respondeu: aprender o nome de meus assessores. Que bobagem, retrucou o discípulo, isso seria a preocupação de um primeiro ministro? Confúcio continuou: um homem nunca pode receber ajuda do que não conhece. Se ele não entender a Natureza, não compreenderá Deus. Da mesma maneira, se não sabe quem está do seu lado, não terá amigos. Sem amigos não pode estabelecer um plano. Sem plano, não consegue dirigir ninguém. Sem direção, o país mergulha no escuro e, nem os dançarinos, sabem decidir com que pé deve dar o próximo passo. Então, uma providência aparentemente banal, saber o nome de quem vai estar do seu lado, pode fazer uma diferença gigantesca. O mal do nosso tempo é que todo mundo quer consertar tudo de uma vez só, e ninguém se lembra de que precisa de muita gente para fazer isso.” Diletos leitores, é isso aí, eu particularmente, faço questão absoluta de perguntar as pessoas seus nomes sempre. Inclusive, em quaisquer ocasiões, acho que logo que você passa chamar uma pessoa que a pouco lhe era estranha, pelo nome, o ambiente muda radicalmente, principalmente para os mais humildes. Aliás, chamar pelo nome o próximo é um dos expedientes do dia a dia, que ajuda a aproximar as pessoas. Hei pessoal, é bom saber que esta é uma prática que, por sinal, se encontra entre muitos em completo desuso. Então, que tal a gente começar, pelo menos nem que for só para experimentar, de repente, podemos notar a diferença e gostar. Não custa nada. Boa semana a todos.