Há alguns anos atrás me lembro ter escrito um texto sobre a educação, aliás, tinha como título, “Por que será que só o garçom tem que ser educado”. E, hoje ainda, lamentavelmente, constatamos que de certa forma continua sendo assim, infelizmente. Isto porque, a gente continua gostando de ser servido e, muito pouco de servir. E, a propósito, sempre nos esquecemos da mensagem grandiosa de Jesus quando nos disse “Eu vim para servir e. não para ser servido”. Contrariamente, a este ensinamento, uma grande parte de nós, só pelo fato de estarmos pagando para se fazer alguma coisa, achamos que tal atitude nos permite pensar que temos direitos a exigências sem limites. Vejam só o exagero. Na verdade, o pagamento de quaisquer que forem os serviços, não nos dá direitos de destratar ninguém. Embora, muitos não saibam que a palavra educação, considerando todos os seus sentidos, possíveis e imagináveis, num contexto global significa: “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social, para alcançar o aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas”. Por essa belíssima definição do mestre Aurélio Buarque de Holanda, concluímos que a educação não é facultativa, mas sim uma condição obrigatória para que tenhamos condições, se quisermos viver bem em sociedade, com respeito e harmonia. Assim, não é possível ações fora destes contextos, caso contrário, haverá perturbação da ordem e do bem estar social. Haja vista que, faltando tal predicado à certas pessoas, com certeza, as demais serão colocadas em situação de submissão e desconforto, que pode tornar o ambiente desagradável e autoritário. E, nesta altura do campeonato, sem querer fazer comparações, sempre somos obrigados a usar a máquina do tempo e retroceder uma pouquinho no passado que se vai, infelizmente, levando as coisas belas da vida, no caso específico, a educação. Todavia, estamos cientes de que, devemos considerar que os tempos são outros, mas mesmo assim, é fato também de que não preservamos os costumes antigos. E, em vista disso, agora lamentamos muito, porque atualmente, estamos vivendo uma catástrofe inimaginável sobre os comportamentos. Na verdade, ninguém pode negar que a educação de antigamente era severa. No entanto, os resultados positivos eram imediatos, pois, havia um respeito muito grande, principalmente com os mais velhos. As crianças eram reservadas e jamais nem sonhavam em interferir na conversa de quem quer que seja, as regras eram bastante claras e, ninguém ousava questioná-las, principalmente, desobedecê-las. Aos olhos de hoje, pode até parecer truculência, no entanto, pelos resultados e pelos comportamentos exemplares dos mais novos era de se dizer que havia sintonia, sem danos para ninguém. E, como demonstração podemos dizer que naquela época não havia traumas, não havia “bullying” e, nem se ficava com nariz torcido para os pais. Voltando ao tema, ele foi colocado apenas para ilustrar que a educação não deve ser exigida somente daqueles que se encontram sem defesa, mas ela é acima de tudo uma obrigação moral e ética de qualquer cidadão, basta que se tenha consciência disso. E, para finalizar, é certo dizer e afirmar de que realmente a educação, na sua mais pura essência, tem como origem o berço e nada mais.
Arquimedes Neves – Nei
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