Regra de vida

Já estamos nos primeiros dias de um ano novo, geralmente as expectativas se renovam e, há dentro da gente um desejo enorme que as coisas se encaixem e que tudo normalize. Aliás, não poderia ser diferente, tanto é verdade, que sempre nos começos das coisas temos o firme propósito de acertar e, é aí que se encontra o “x” da questão. Porém, é certo também, que não podemos já por experiências anteriores ficar só nos planos ou nos projetos, há necessidade de que coloquemos a mão na massa. Se a gente num momento de emoção decidiu que daqui para frente vai mudar aquela situação incômoda, agora neste ano que começa é bom respirar fundo, deixar a emoção de lado e, somente com a razão decidir os passos a tomar. A mudança de vida nem sempre depende de nossos esforços, há outros parâmetros a analisar. Todavia, a decisão maior para que elas ocorram está em nossas mãos, basicamente precisa-se estar consciente das atitudes a tomar. Sobre o assunto, vem bem a calhar, se a gente imaginar algumas situações comuns a diversas pessoas sobre situações que gostariam muito de se desvencilhar sem pensar demais, como segue: Como posso fazer para não ser tão ranzinza! Como posso agir para ficar mais atento aos conselhos daqueles que realmente me querem bem! Por que não sou capaz de largar de fumar! Até onde vou com este ciúme que me destrói por dentro! No meu trabalho não estou rendendo bem, o que devo fazer! Por que será que quando chego numa rodinha de amigos, ela logo se desfaz! Enfim, a lista é muito grande e, cada um nós deve, certamente, ter alguma indagação para colocar. No entanto, considerando o ano que se inicia é um bom marco para se colocar as disposições de mudanças. Para tanto, é necessário à gente estar disposto em promover tais alterações em nossas vidas. Na verdade existem muitas motivações, porém, o desencadeamento é algo que depende única e exclusivamente de nós. Considerando que é muito fácil logo no começo de novo ano se ouvir frases famosíssimas, das quais nós também somos protagonistas, a saber: “Ano novo, vida nova”, “Com certeza este será o meu ano”, “Farei tudo para começar certinho”. E, por aí vai um rosário imenso de frases esparançosas de mudanças significativas, porém, quando acaba o ano em questão, lá estamos nós falando as mesmas frases. É como se nada tivesse acontecido e, realmente nada aconteceu, porque não fomos capazes de mudar, ficamos inertes, não cumprimos a nossa “regra de vida”. Interessante, que um dos motivos de nossa resistência em mudar alguma coisa, é devido que não temos a coragem suficiente de nos olharmos por dentro. Aliás, por questões biológicas ou mesmo de tradição estamos apenas habituados a olhar o defeito dos outros, não fomos criados para nos auto refletir. E, para garantir esta verdade basta analisar o nosso comportamento diante de um espelho. Alguns o fazem somente para massagear o seu ego narcisista, ou seja, apenas para se admirar e, fazer a clássica pergunta da fábula: “espelho, espelho meu, quem é mais bonito (a) do que eu”? A maioria, o faz para se produzir e, também para se higienizar, somente. Ninguém, afirmação feita com quase cem por cento de certeza, faz uma parada em frente ao espelho para se perguntar: “oi cara, está tudo legal ou está pisando na bola”. Imagino que essa prática poderia ser um grande auxiliar no processo de mudanças. A gente invariavelmente sempre precisa de auxílio, porém, o nosso orgulho nos coíbe e, nos veda, impedindo-nos de ver a nossa própria fraqueza, por isso quase sempre ficamos a beira do caminho. Pode ser que quando chegar ao fim deste ano que inicia vamos estar realmente lamentando ou repetindo os mesmos planos de mudanças. Que tal se gente desse uma guinada nas atitudes e, selecionasse as nossas necessidades de mudanças, com a prática de uma “regra de vida” bem feita. Não sei por que, mas estou sentindo firmeza no pessoal e, para tanto, vamos aguardar o fim deste ano para conferir. Vá à luta sem medo. Não espere que ninguém faça isso por você. Todos são capazes, basta…