Parabéns a você muitas felicidades, querida paróquia de Nossa Senhora Aparecida, que completa setenta anos de vida amanhã, comemorando simbolicamente suas Bodas de Vinho, símbolo do sangue de Cristo derramado por nós. A história nos conta que nos primórdios da formação da cidade, mais precisamente no ano de 1.937, o pequeno povoado que começava despertar, no entanto, já sentia a necessidade de um lugar para agradecer a Deus, pela dádiva deste pedaço de chão. Daí começou pela fé do povo a construção de uma pequena capelinha para as bênçãos procurar. Sem padre, porém, a primeira missa foi rezada por padre Izidoro Cordeiro Paranhos, da cidade de Bálsamo, sendo que pelo menos uma vez por mês ele vinha rezar a missa. E, assim foi indo e o lugar crescendo, quando no dia 22 de dezembro de l.943, sobre as benesses do bispo diocesano da época, Dom Lafayette Libânio, assinou o Decreto de criação da Paróquia de Votuporanga. Tendo como padroeiro São Pascoal Bailão e, como primeiro pároco frei Francisco Xavier. Todavia, por maciça vontade popular, através de um movimento da comunidade foi solicitado à mudança do nome do padroeiro e, gentilmente o bispo acatou a sugestão. Passando daí então a chamar-se Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o ano era 1.947. No entanto, é bom lembrar também, que em 08 de dezembro de 1.953, foi abençoado o lançamento da pedra fundamental da construção da Igreja Matriz de Votuporanga, sob a coordenação dos freis capuchinhos. E, em 08 de dezembro de l.958, foi inaugurada a nova igreja. Festivamente não podemos nos esquecer que nesta longa caminhada de alegrias e tristezas, das figuras proeminentes que dirigiram o templo nestes períodos, como segue; de 1.943 a l.953, tivemos um revezamento permanente de religiosos no comando da paróquia. No período de 1.953 a 1.983, tivemos a forte presença dos freis capuchinhos, com mais intensidade os da ordem franciscana, que tinha a presença marcante de frei Arnaldo Maria de Itaporanga. Embora não fosse o titular da paróquia, com o seu jeito moleque desmanchou todo aquele emaranhado de regras existentes na igreja até então. Frei Arnaldo se despontou tanto que sua presença era necessária em quase todos os movimentos da cidade, principalmente naqueles que envolviam a participação das crianças. Foi realmente uma época áurea da cidade, uma vez que frei Arnaldo magicamente conseguiu em parte quebrar o gelo entre as religiões, pois ele era uma presença literalmente ecumênica. No período de 1.983 a l.991, tivemos a presença marcante de padre Nino Carta, onde predominou o espírito mais conservadorista, sem, contudo, afastar sua presença das massas, pois, padre Nino, era extremamente inteligente e, marcava muito por ocasião de suas homilias. No período de 1.991 a 2.011, tivemos o comando da paróquia entregue a um padre cuja índole era de camaradagem. Tanto é verdade, que Edemur, indistintamente, fosse quem fosse que encontrasse, não dispensava o aconchego de um grande abraço, agindo propositadamente como se todos fôssemos irmãos. Por isso, a marca registrada do padre era o seu carisma pessoal, onde a participação efetiva da comunidade se fez presente na criação de vários movimentos que ajudaram crescer os serviços pastorais. Infelizmente, em tenra idade padre Edemur se foi, pois, certamente o Criador precisou dele mais do que nós. Neste último período dos setenta anos, a paróquia recebeu a batuta maestral de padre Gilmar a partir de 2.011, conseqüentemente a continuidade dos trabalhos pastorais e administrativos se fazem visíveis e em ritmo acelerado. Por oportuno, é natural lembrar, que por ocasião das mudanças de comandos, há evidentemente mudanças estruturais, as quais aconteceram, porém, dentro de um processo bem estudado e esquematizado. Haja vista a mudança de estilo do novo sacerdote. Porém, há que se destacar que as coisas se encaixaram perfeitamente dentro da nova filosofia de trabalho. Fato este elogiável e que acabou demonstrando que as qualidades operativas da nova administração foram realizadas com prioridade, observando sempre o espírito de comunidade. Porém, sem jamais perder o foco do principal, que é o destino da Paróquia como um todo. Parabéns ao padre Gilmar. Finalizando, gostaríamos muito que no próximo ano, com as graças de Deus, nesta mesma data, além de estarmos comemorando os setenta e um anos da paróquia, estivéssemos também com muito júbilo e confiança comemorando a instalação do Bispado aqui na Catedral de Votuporanga. Deus é testemunha como acreditamos nisso. Considerando que todas as providências necessárias já foram tomadas pelo Clero brasileiro, somente ficamos no aguardo das decisões emanadas da Cúria Italiana, na pessoa do Santo Padre, Papa Francisco. Para tanto, contamos ainda com a aquiescência e participação de V. Exª. Revma. Bispo Dom Tomé Ferreira da Silva, para realização do sonho votuporanguense e de toda a região. Aproveitando o ensejo da oportunidade, queremos em tempo ainda desejar em nome da cidade de Votuporanga, as boas vindas ao bispo Dom Tomé e, que seja muito feliz no comando do bispado. São os nossos votos.