Otimismo

Outro dia, conversando com um amigo de priscas épocas, percebemos no decorrer do papo que outrora havia muito mais otimismo do que agora. A impressão que temos é que hoje as pessoas são mais maliciosas, mais gananciosas e menos prazerosas. Na nossa conversa chegamos ao ponto de perceber que antigamente parece que o horizonte era bem mais próximo, portanto, desnecessário se fazia pensar muito distante, pois, o presente e o futuro estavam muito pertinhos, praticamente de mãos dadas. Na verdade otimismo é um esforço concentrado de sentimentos, os quais têm a tarefa precípua de transformar algo não muito agradável em agradável. De cara dá para sentir que não é uma tarefa fácil, haja vista que nós somos de nascença pessoas inconformadas. Ou, na pior das hipóteses, nunca estamos contentes, na maioria das vezes, até com aquilo de que muito temos e, não merecemos. Daí reforça-se a tese que ser otimista não é fácil, pois, o otimismo é inimigo número um do inconformismo e, também por igual tamanho do descontentamento. Seria de todo bom notar também que as atitudes estão intimamente ligadas a atividade, isto quando as mesmas forem tomadas no sentido positivo. Portanto, é muito difícil ver as coisas do lado bom, isto porque normalmente somos useiros e vezeiros em dar destaques às coisas ruins. Aliás, através dos tempos percebemos que a predileção da maioria das pessoas está literalmente voltada para o destaque de coisas ruins. E, sobre o fato é bom citar um ditado popular que salienta que uma só fruta ruim (podre) pode apodrecer o cesto inteiro, se permanecerem juntas por algum tempo. E, por falar nisso, só para mostrar que temos tendências arrogantes, podemos lembrar uma expressão popular chula e idiota que respondemos quando nos perguntam: “Hei cara como vai?” E, a gente estupidamente responde: “Vai indo tudo bem, se melhorar estraga.” Onde já viu a gente achar que se for adicionado melhoras em cima de coisa boa vai estragar só mesmo uma mente doente pode supor uma coisa desta. Então, eu, particularmente quando ouço alguém responder dessa forma esquisita, interfiro corrigindo o dito cujo, dizendo: você deve ser otimista, quando alguém lhe perguntar como vai, responda se melhorar vai ficar muito mais “bão”. Seja alegre, procure ver o lado bom da vida, certamente ela tem mais lados bons, do que ruins, basta você olhar com olhos de menino as coisas que o cercam. Interessante que algumas pessoas, apenas por uma questão de comodidade pessoal ou mesmo para denegrir o esforço de outros quer nos fazer crer que o otimismo pode ser confundido com aceitação, ou seja, ser resignado. Muito pelo contrário, pois, otimismo na própria acepção da palavra reflete claramente a fé incontida da realização. Uma vez que o primeiro a acreditar em nós deve ser nós mesmos e, essa premissa tem que ser verdadeira, senão estaremos sempre batalhando em vão. E, somente para realçar essa condição está registrado na história que o inventor Thomas Edison, aquele que inventou a lâmpada, afirmava que precisou para conseguir alcançar o seu objetivo de exatamente 2.000 tentativas. No entanto, de todas essas tentativas aparentemente frustradas, nunca foram por ele Thomas Edison, consideradas como fracassos e, sim como um passo conseguido de cada vez rumo ao sucesso. E, dentro desta visão, onde a tônica dos resultados está intimamente ligada a atitude é preciso decidir, vamos continuar lutando, ou, vamos ficar parados a beira do caminho, esperando que as coisas melhorem. E, a fim de eternizar as atitudes que devemos sempre portar, sem se importar para onde vamos, tomamos a liberdade de emprestar uma mensagem de otimismo do ilustre pensador J. Paul Schmitt, que disse: “Quando na vida se fecha uma porta para nós, há sempre uma outra que se nos abre. O mal é que em geral olhamos com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada que não nos apercebemos da que se abriu.” É isso aí galera, vamos lá.