Impressionante como que ultimamente o mundo como um todo se encheu e quase está explodindo de tanta maldade e tragédias. Basta ligar a televisão ou mesmo nos nossos noticiários locais, facilmente vamos ter um turbilhão de más notícias, as quais nos deixam, na maioria das vezes, com o coração pesado e estupidamente amargurado. E, não sei se em conseqüência desses fatos, temos observado também uma frieza muito grande entre as pessoas, distanciando-se, a olhos vistos, de um relacionamento mais afetivo e carinhoso. Não há mais aquela preocupação entre as pessoas, onde havia mais união e mais amor. Certamente, na minha concentração sobre o assunto, divaguei por épocas passadas e, percebi que aquele elo de amizade que unia as pessoas partiu e esfriou os corações. Em vista disso, busquei literatura sobre o carinho, a amizade e o amor verdadeiro, sem querer achei um conto maravilhoso, infelizmente de autor desconhecido, o qual mexeu comigo e,certamente mexerá com vocês. Portanto, os brindo com esta fatia de mel que irá adocicar nossos corações e, nos chacoalhar para a alegria da vida, como segue: “Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, moravam em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre e ambos se amavam muito. Eram felizes. Até que um dia aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o corpo da pobre velhinha. O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando vê a sua amada coberta pelas chamas, consegue mesmo correndo risco, apagar o fogo, embora tenha sido atingido pelas chamas ardentes. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída. Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo, o velho menos atingido pelo fogo, saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora estava toda queimada e desfigurada, pensava em não viver mais daquele jeito. Chegando ao quarto de sua esposa, ele foi logo dizendo que tudo estava bem, porém, havia queimado os olhos e não podia mais enxergar. Porém, ele lhe disse carinhosamente, que a beleza dela estaria sempre marcada na sua memória. Então, ela triste pelo seu esposo, a senhora pensou consigo mesma. Como Deus é bom, vendo tudo que aconteceu, poupou o seu marido tirando-lhe a visão para que não presenciasse a deformação que acontecera no rosto dela. E, ainda agradecida, louvou as maravilhas de Deus, que não deixou seu marido vê-la no monstro que havia se transformado. Obrigada Senhor. Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe: como eu te amo. Você é linda demais! Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida! E, assim viveram mais vinte anos até que a senhora veio a falecer. No dia do enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio o marido com os olhos em lágrimas, sem os óculos escuros e com sua bengala nas mãos. E, despediu-se da esposa, acariciando-lhe o rosto deformado e disse: como você é linda, meu amor, eu te amo muito. Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo, perguntou se tinha havido um milagre, pois parecia que ele estava enxergando normalmente. O velhinho, olhando nos olhos do amigo, disse: nunca estive cego, apena fingia, quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Porém, devo confessar que foram os vinte anos mais felizes de minha vida.” Diante de tantas maldades e tragédias, o conto nos mostra que é possível superar obstáculos e se entregar a plenitude do amor, basta, para tanto, se destituir do egoísmo e, ver no semelhante a obra prima de Deus.