Novas chances

Conforme, enumerado no dicionário para a palavra tombo, existem várias interpretações, porém, cremos que o cotidiano nos apresenta um outro sentido, no qual fazemos à comparação da ação de cair de fato com o cair no sentido moral. E, seguindo esta linha de pensamento, até para poder enfatizar mais a referida denominação aproveitamos um dito popular onde explícita bem a questão, como segue: “todo mundo vê os tombos que levo, no entanto, poucos vêem o equilíbrio que faço para não cair”. Uma vez que é perfeitamente plausível ter a capacidade de aprender e tirar o máximo proveito das quedas e aprender com os próprios erros. Porém, é importante ressaltar que não é tarefa fácil levantar-se, em muitas dessas situações de desvantagens, às vezes, é preciso a ajuda de terceiros benevolentes. Todavia, é preciso saber que essas mãos abnegadas de outros, não se encontram disponíveis, porém, quando elas aparecem é preciso agarrá-las com muita força e determinação. Isto porque é sabido que a levantada depois de um tombo se tiver mãos amigas ajudando, a tarefa torna-se mais tranqüila e com melhores possibilidades de êxito mais rápido. Também, se faz necessário, apontar que nem sempre as situações embaraçosas que se nos apresenta em nossa caminhada são frutos de erros que cometemos. É de se lembrar também que quando estamos em situação inferior, é o momento oportuno das reflexões onde temos a oportunidade de analisar minuciosamente o porquê estamos nesta situação. Condicionalmente, a vida também nos oferece outras maneiras de analisar estas agruras, as quais residem nos acontecimentos alheios, dos quais podemos também tirar algum proveito e lições para contornar problemas agudos que nos atingem. E, por falar nisso, não se sabe por que cargas d’água, a gente teimosamente não aproveita os escorregões dos outros para se ter uma lição, é sempre preciso cair também para aprender, às vezes, nem sempre. Inclusive, oportuno se faz lembrar que o fogo queima, não é necessário, portanto, colocar a mão nele para saber que queima. Interessante que estamos na eminência de término de um ano, portanto, é de se esperar que cada um de nós faça um balanço dos tombos levados e vencidos e, ou daqueles que por um motivo ou outro não foram superados. Daí é bom saber o que vamos levar para o ano seguinte, vitórias ou derrotas, o que fazer para recomeçar a luta novamente, nos parece uma grande interrogação. De fato, quando nos deixamos viajar pelo mundo da fantasia, fatalmente vamos emergir em sonhos, dos quais muitos são inexeqüíveis e, estão bem longe de nossa realidade. Em sendo assim, o ideal seria passar a régua naquilo que não podemos e, mergulhar de cabeça em ideais dos quais somos capazes de realizar. Pois, é certo que os frutos que advirão dessa conversão consciente nos serão imensamente prazerosos. E, para tanto, as condutas também devem mudar, haja vista, que se a gente não ousar arriscar, pelo menos, naquilo que está dentro de nossos limites, com certeza, iremos reprisar os tombos mal sucedidos. A receita para levantar, sacudir a poeira e dar volta por cima, está em não abrir mão do que nos faz bem para “ficarmos bem” perante os olhos dos outros. E, se não mudarmos, obviamente, continuaremos ralando os joelhos, porque novas chances se perderão, tendo em vista, que continuaremos transitando os mesmos caminhos, com os mesmos erros e, a mesma timidez de atitude. Quiçá, e é a nossa torcida que em 2.014, os tombos não levantados e, os conseguidos, razoavelmente, sejam vencidos com altivez. Portanto, neste Ano Novo, que se aproxima acontecerão, certamente, novas chances, não tema o fracasso, pois à medida que você se reprime, logicamente, as conquistas irão ficando cada vez mais distantes. Arrisque mais, seja ousado dentro das limitações. Boa sorte e Feliz Ano Novo. São os votos.