Mário Pozzobon

Existem pessoas que já nascem predestinadas, uma delas, com certeza, era Mário Pozzobon. Se analisarmos bem vamos observar que o referido cidadão já trazia de berço uma leve vantagem sobre os demais viventes. Haja vista que o seu nome já tinha destaque especial, o mesmo era Pozzobom, ou melhor, significava, hipoteticamente, descanso, paz, harmonia, pois, na verdade era “um pouso bom”. Trocadilhos a parte, considerando que o seu Mário tenha sido um político de destaque estadual, com ênfase na política local o fez uma verdadeira liderança e, como tal era amado e, às vezes, odiado na mesma intensidade. Todavia, para o nosso deleite o seu Mário era especialmente uma pessoa simples, embora se vestisse como um lorde. E, nesta simplicidade velada, angariou na sua vida toda muito mais amigos do que inimigos e, de maneira carinhosa a sua conduta o levava sempre em direção aos mais necessitados. Interessante observar que seu Mário Pozzobon, sempre foi um empreendedor, podemos comprovar isso pela construção do Edifício Julieta, obra pioneira no ramo de edificações verticais na cidade. Não podemos nos esquecer dos vários loteamentos, tendo como carro chefe o próprio bairro Pozzobon, que hoje sem sombras de dúvidas pode ser equiparado a qualquer cidade vizinha, tal a sua pujança e desenvolvimento. Em vista disso, pelo histórico o seu Mário, sempre esteve envolvido em grandes empreendimentos financeiros, o que de certa forma poderia classificá-lo como um homem abastado, pelo contrário, na realidade não era homem de grandes posses. Isto se concretizava na índole e personalidade de que era portador, fazendo com que o mesmo se distinguisse como despojado bens materiais. Em suma seu Mário levava uma vida modesta e, se fosse uma pessoa gananciosa é bem provável que muitos votuporanguenses humildes não teriam hoje as suas casinhas, cujos lotes foram pagos com longas prestações e muitas delas não quitadas até hoje. E, o mais importante de tudo é que isso, jamais foi empecilho para que seu Mário pudesse dispor da posse legal dos respectivos lotes. A fim de que os envolvidos pudessem realizar o sonho da maioria dos brasileiros que é ter a sua casa própria. Na minha concepção o seu Mário foi um benemérito e, certamente aqueles que foram beneficiados pela grandeza de seu coração sabem bem disso e, certamente são agradecidos eternamente. E, para ilustrar o grande homem que foi, podemos lembrar o gesto daquele cidadão australiano que recentemente vendeu o seu negócio, transporte coletivo e, do montante arrecadado na venda distribuir aos seus ex-empregados. Num sinal de pleno reconhecimento por tê-los como colaboradores diretos de sua vida cheia de sucesso e tranqüilidade. Felizmente, embora, às vezes, não achamos, mas, a vida é repleta de mais pessoas generosas do que ambiciosas, não vemos isso, uma vez que o mal tem sempre um peso muito maior em relação ao bem. Portanto, é justo que neste passamento do seu Mário reconheçamos que ele pertencia à turma do bem, assim é que lhe devemos reservar na galeria da posteridade um lugar especial junto a todos aqueles que já se foram, porém, permanecem indelevelmente morando no aconchego de nossos corações. Envolvi-me tanto nos predicados de seu Mário, o que não poderia ser diferente e, me esqueci de citar a sua colaboração política, por ocasião de seu mandato como prefeito municipal. Deixou-nos grandes obras, tais como: novo prédio do Fórum, Delegacia Seccional de Polícia, o poço profundo da Vila Muniz. E, se imortalizou nos cuidados especiais que tinha pela área de educação, mais voltadas para o ensino básico. Aliás, quem foi funcionário de escola em sua época há de se lembrar disso. Da preocupação que ele tinha em disponibilizar os serviços do município, àqueles necessários, para que nada faltasse que pudesse obstar a formação dos futuros cidadãos votuporanguenses. Obrigado seu Mário e descanse em paz. Amém.