Numa situação normal de parto, uma mulher demora em média 36 semanas para dar a luz a uma criança e, depois tem a vida toda para amá-lo, adorá-lo e protegê-lo. A gente não sabe de onde vem este magnetismo genético. Mas, certamente, esta conceituação faz parte inerente de todas as mulheres, haja vista a configuração de seu perfil, doce e meigo. Também não se sabe se é uma questão cultural ou é uma formação própria da natureza, pois o homem por mais que se esforce jamais terá o dom divino de fazer este papel com a candura e, a espontaneidade com que a mulher assimilou. Porém, desviando os olhares para a natureza vamos verificar claramente que nos animais também ocorre o mesmo. Tanto é verdade que os pintinhos na hora de seus medos sempre correm para se proteger para debaixo das asas de sua mãe, a galinha. Aliás, nunca ninguém já viu os pintinhos fazerem isso, correndo para debaixo das asas do galo! Portanto, fica bem claro e patente que para a mulher ficou reservada a tarefa mais divina, ou seja, a proteção literal de todo ser humano que é colocado ao mundo, desde a gestação até o fim da vida. Para tanto, temos milhares e milhares de exemplos que podem provar com certeza absoluta esta empatia entre mãe e filho, tais como: nas cadeias públicas do país inteiro quem está lá nas filas desde as madrugadas, enfrentando sereno, garoa, ventos gelados, chuvas e toda sorte de intempéries, nos dias de visitas, para ver o filho presidiário por alguns momentos, infalivelmente são as mães. E, quase sempre praticando atos de egoísmo puro, pois, para elas não importa o que seus filhos fizeram, basta, apenas, a sua presença ali. Em, outros momentos, lá estão as mães, nas filas em dias de visitas nas Comunidades de Recuperação para Dependentes Químicos, com terços nas mãos rolando continhas mais de milhões de vezes, pedindo clemência à Deus para a cura de seus queridos filhinhos que estão perdidos nas drogas e, agora tentando se recuperar. Também temos aquelas outras tantas mães que têm seus filhos entregues as bebidas, sem nenhuma chance de se recuperarem e, elas não arredam o pé, ficando ali diuturnamente vigiando e, tentando salvá-los do perigo, ás vezes, recebendo em troca maus tratos e xingamentos e, em casos extremos sendo até agredidas fisicamente, mas não desistem. Coloquei, propositadamente, situações onde mães sofredoras demonstram acima de tudo esperança que um dia as coisas mudarão. Sem, contudo, ficarem desesperadas, pois, numa fisionomia forçada disfarçam a tristeza e, procuram não apresentar aos filhos desânimos e aparências desoladoras. Pelo contrário, elas estão sempre firmes e prontas a verem novamente os seus, outrora bebezinhos, terem o retorno a uma vida digna e feliz. Acrescentando ainda, podemos lembrar-nos da abnegação das mães, quando tradicionalmente se diz que elas têm como prato preferido asas de frango, pescoços, pés e, outras peças do galináceo, o que, de modo geral, realmente são as piores partes para comer. Todavia, cresceu esta lenda no seio das famílias para que ficasse a disposição dos demais, principalmente dos filhos as partes nobres do frango, ou seja, peito, coxa. Até os dias de hoje se ouvem os filhos dizerem com certeza absoluta a afirmação de que as mães adoram pés, asas e pescoço de frango. E, nas suas ingênuas observações, jamais perceberam que as mães, na grande maioria, detestam as referidas partes citadas. No entanto, só as comem para deixar os filhos felizes se deliciando das melhores partes. De qualquer maneira, Deus na sua infinita bondade criou as mães para deleite da humanidade, pois, sem elas o planeta já teria desaparecido. Parabéns às mães, um abraço e um beijão respeitoso e afetivo a todas, principalmente aquelas abandonadas e, para as falecidas muitas saudades e orações.