Conta a história da humanidade que, segundo escritos bíblicos, no tempo de Adão e Eva, os quais gozaram da maior mordomia do planeta, uma vez que, segundo consta teve o privilégio de viverem no paraíso, onde tudo era leite. Pelos registros observa-se também a existência de dois filhos, chamados Caim e Abel. Todavia, Caim por puro ciúme matou o seu irmão, achava ele que Abel era o preferido dos pais. Considerando que tal violência é tida como o primeiro ato irracional da história, infelizmente tivemos, a partir daí, um desencadeamento de atrocidades, própria de pessoas sem a mínima consciência e amor. E, sem querer ser uma Enciclopédia sobre o assunto, podemos relacionar uma infinidade de casos que bem demonstram o crescimento vertiginoso das irracionalidades. As quais, tanto podem se destacar nas tragédias coletivas quanto nas individuais, o certo é que o mundo vem se autodestruindo desde o seu nascimento, como já foi relatado no caso de Caim e Abel. Isto posto, a história nos conta que na Roma antiga, no famoso Coliseu, era colocado na arena os pobres cristãos para serem devorados pelas feras e, o povo ria e se divertia com a aflição dos condenados. E, como aperitivo destes espetáculos dantescos, faziam também a luta dos gladiadores, sendo que sempre o vencedor tinha que matar o seu oponente, segundo ordens do imperador. Na seqüência das incompreensões temos a segunda guerra mundial, ocorrida entre 1.939 a 1.945, cujos registros apontam as atrocidades acontecidas contra os judeus que ficaram conhecidas como Holocausto. Sendo que nos fornos crematórios e nos laboratórios montados pelos alemães para experiências, pressupostamente científicas, foram dizimados mais de cinco milhões de judeus entre homens, mulheres e crianças. Outros destaques que não podem passar sem registros foram às guerras localizadas no Oriente Médio, onde milhões e milhões de vítimas inocentes foram ceifadas somente para defender as oligarquias políticas de ditadores déspotas e cruéis. E, também não podemos nos esquecer dos ataques criminosos do onze de setembro de 2.001, nos Estados Unidos, onde homens poderosos e inescrupulosos, somente para provar seus poderios econômicos se digladiam. Embora, para eles, os poderosos, os efeitos paralelos de suas mesquinhas atitudes, sejam de menor importância, só naquele fatídico dia foram mortas num simples piscar de olhos mais de três mil pessoas. E, no Brasil foi diferente? É óbvio que não. Infelizmente, temos a lamentar muitas barbaridades e atrocidades. Sendo que a nódoa mais escura da nação brasileira, sem dúvida nenhuma, foi à escravidão, onde eram importados do Continente Africano milhares de criaturas seqüestradas covardemente de seus lares para prestar serviços de escravos no nosso solo. O pior de tudo é que os maus tratos imperavam no sistema escravagista, onde os negros não tinham a mínima condição de existência, uma vez que eram tratados como animais. Graças a Deus que no dia treze de maio de mil oitocentos e oitenta e oito, a Lei Áurea que foi homologada pela princesa Isabel, possibilitou à abolição da escravidão no Brasil. Todavia, embora tal ato tenha ocorrido há cento e vinte e três anos passados, certo é que a nação negra ainda é perseguida por um velado preconceito que lhe tolhe “inconseqüentemente” as oportunidades, isto também pode ser chamado de atitude irracional de todos nós. Quem não se lembra da chacina da Candelária/RJ, seis crianças e dois adultos que dormiam na madrugada do dia 23/07/1. 993 e, foram cruelmente assassinadas por policiais e, até hoje sem solução. Temos também a chacina de Realengo/RJ, onde doze crianças na sala de aula, por um louco varrido e totalmente irracional, matou sem dó e nem piedade as pobres inocentes e, depois covardemente suicidou-se. Fora os atos esparsos que vemos todos os dias pela imprensa brasileira sobre linchamentos, machões que matam suas mulheres, as tragédias violentas no trânsito cheinho de motoristas bêbados e, um número incontável de outras ocorrências bárbaras e irracionais. Ainda, em comentário sobre o mundo terrível das intolerâncias, infelizmente, temos que citar a nossa querida cidade que também está sendo palco destes lamentáveis acontecimentos, tais como: os suicídios da ponte do Vilar, os acidentes de trânsito que já levaram alguns votuporanguenses para o além. E, recentemente aqui na cidade um bebezinho levou um tiro no peito e morreu, fomos notícia no Brasil inteiro, lamentável. Finalizando, acreditamos que as brisas já não estão mais suaves por aqui, pelo contrário, parodiando mais uma vez a música sertaneja é muito certo que “quem não está nas mãos de Deus, está na unha do capeta”. Cruz credo.