Em qual lavoura eu me encontro!

Interessante que quando você conta alguma coisa para alguém ou para várias pessoas, apoiada em outro acontecimento de maior destaque, logicamente você consegue alcançar uma compreensão mais intensa. Isto porque aquele acontecimento que serviu de parâmetro para ordenar o primeiro tinha um lastro maior de conhecimento entre várias outras pessoas. Assim é que pelos históricos bíblicos percebe-se claramente que Jesus usou muito deste artifício para se ter um aproveitamento maior em seus ensinamentos. Portanto, o Mestre embora não precisasse usar métodos para se fazer compreender, uma vez que, em sendo Deus, qualquer forma que usasse seria facilmente compreendida. Todavia, usando sempre da humildade Ele, proporcionava ao povo discernimento necessário para entender, uma vez que a maioria, quase que absoluta, de seus seguidores eram pessoas, excessivamente simples. Daí expressando-se na forma de parábolas, dava o Senhor condições da multidão compreender as comparações feitas com o cotidiano. Pensando bem, nos dias de hoje, caso, Jesus fosse precisar falar pessoalmente conosco, qual atitude teria que ter para se expressar. Considerando a conturbação do mundo de hoje, acredito que até Ele teria dificuldade em se comunicar com o povão. No entanto, esta expressão sobre a dificuldade de Jesus se comunicar é lógico que foi dita por pura força de expressão, pois, Ele nunca teria dificuldade para nada. Todavia, o materialismo se apoderou tanto de nós, que, infelizmente, as coisas divinas acabaram ficando um tanto quanto relegadas ao um plano inferior. Na verdade, trazendo o discurso de Jesus para este momento, poderíamos até fazer um pequeno parêntese de comparação, com aproveitamento de algumas das parábolas da época para conversar. Suponhamos que Jesus aqui estivesse e dissesse: “Tem sementes que caíram à beira do caminho e, as aves vieram e as comeram. Outras caíram em terreno pedregoso, em terra rasa, quando o sol saiu, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raízes. E, também outras caíram no meio de espinhos, que sufocaram as plantas. Finalmente, algumas sementes caíram em terra boa, germinaram e deram uma boa colheita. Ai, o Mestre pergunta: O que vocês acham disto?” Acredito, sinceramente, que seria um vexame total, pois, ninguém, aliás, nem os mais letrados, não se atreveriam a se manifestar. Isto porque, este tipo de assunto, certamente, seria muito estranho para o discernimento de nossas minúsculas cabecinhas. É claro que Jesus novamente, numa paciência de Jó, diria, mais ou mesmo assim ao povo: “Queridos filhinhos, para as sementes caídas a beira da estrada estou falando para aqueles que as palavras são jogadas ao vento, não se aproveitam, não compreendem e não dão atenção a nada é como se não estivessem nem aí e, quanto aos conselhos, deixam os pássaros levarem e comerem, não se importam. E, quanto às sementes que caem em terreno pedregoso, são aqueles considerados fogo de palha, ou seja, ficam eufóricos com tudo momentaneamente e, logo em seguida se esvaziam rapidamente, não tem solidez, são evasivos e extremamente volúveis, não possuem, raízes. Sobre as sementes que são jogadas no meio dos espinhos, os quais depois que crescem sufocam as plantas, este grupo pertence aquelas pessoas incrédulas, pessimistas, não acreditam em nada e, ocasionalmente quando as favorecem são extremamente oportunistas e egoístas. Finalmente, as sementes que são agraciadas pela terra fértil, representam aquelas pessoas que têm os celeiros cheios de grãos, porém, são de coração abertos, prontos para a partilha. Oportunamente nos perguntamos, em qual lavoura nos situamos. Pensem bem nisto.