Se o trapezista de um circo perder o equilíbrio, certamente, cairá e, se não tiver rede de segurança para ampará-lo, sua queda pode ser fatal. Se uma pessoa caminha tranquilamente por um determinado lugar e é atacado por uma crise de labirintite, certamente, vai ter que parar e, se amparar em algum lugar, para não ver seu corpo arremessado ao chão. Se, por ventura, você se aborrecer com alguma coisa, ao ponto de perder as estribeiras, certamente você poderá surtar e criar sérios problemas para si e, para as pessoas adjacentes ao acontecimento. Em vista destas observações, nota-se claramente, que o equilíbrio tem grande influência no comportamento. Portanto, é conveniente não perde o foco das coisas, haja vista a possibilidade de numa fração de segundos, devido a uma distração ou em outros casos deixar o raciocínio se alvoroçar em detrimento de ações menos conturbadoras. Assim é que volta e meia a gente ouve certas observações de terceiros, mais ou menos assim: aquela pessoa é totalmente desequilibrada, ou seja, suas reações não condizem com o dia a dia de nós todos. Pessoas assim fazem sempre as demais ficarem precavidas com suas atitudes, conservando um sinal de alerta quanto as suas reações. Considerando todas essas premissas, no intuito de definir com mais clareza esses momentos obscuros, pincelei algumas anotações do escritor Paulo Coelho, a saber: “uma fervorosa senhora esforçava-se para desenvolver seu amor ao próximo. Mas sempre que ia ao mercado, um comerciante lhe fazia propostas indecorosas. Certa manhã chuvosa, quando o homem lhe importunou mais uma vez, ela perdeu o controle e, o feriu no rosto com o seu guarda chuva. Nesta mesma tarde, foi procurar um monge e lhe relatou o ocorrido. Tenho vergonha, não consegui controlar o meu ódio. Você está errada em odiá-lo, respondeu o monge. Da próxima vez, que ele lhe disser algo, encha o seu coração de amor e bondade e, torne a bater com o seu guarda chuva, porque ele só entende esta linguagem.” Em outra historinha, a narrativa é a seguinte:” um casal com pouco tempo de casados, a esposa num gesto de bem querer por ocasião do Natal, deu ao esposo duas gravatas de presente. O esposo satisfeito vestiu o seu melhor terno, escolheu uma das gravatas que havia ganhado e convidou-a para jantar fora. Enquanto comiam, reparou que a esposa parecia muito triste. De repente ela exclamou: meu bem estou me sentindo ansiosa e desequilibrada. Por que está usando esta gravata? Não gostou da outra?” São por essas e outras que numa definição clara é possível afirmar que as coisas feitas com amor são parceiras das pessoas equilibradas e, aquelas feitas com ódio e desconfiança são parceiras das desequilibradas. Então não nos resta alternativa alguma, senão, em optarmos pelo intenso amor, a fim de conseguirmos ter uma vida saudável e equilibrada.