Pensei muito e estava disposto fazer um artigo sobre o a tragédia de Santa Maria/RS. Porém, senti que o assunto já foi e está sendo muito explorado, portanto, não adianta acrescentar mais nada, pois, o que for dito será apenas mais uma redundância e as coisas continuarão com dantes, ou seja, sem solução. Aliás, é o que acontece sempre após alguma tragédia, há muitas discussões no acalorado da situação, porém, o tempo se dispõe a apagar as emoções do momento. Assim é que sempre fica constatado que falta nas autoridades e, nas pessoas responsáveis, a determinação de oferecer o melhor, ao invés de se acomodar no jeitinho brasileiro. E, por falar nisso, por favor, não coloque Deus como justificativa dessas aberrações, pois, torna-se muito fácil e cômodo para alguns dizer: “Isto aconteceu porque Deus quis assim”. Uma ova que foi isso aconteceu pela ganância de muitos e pela incapacidade daqueles que tem a responsabilidade de fiscalizar e exigir a segurança dentro dos padrões legais. Vamos parar por aqui e, a propósito lendo uma revista me deparei com um comentário muito interessante sobre determinação. E, obviamente gostaria muito de apresentar a todos como exemplo de que tudo depende da boa vontade e determinação das pessoas para que as coisas aconteçam dentro de uma normalidade desejada. Conta o comentário da referida revista que numa aldeia nas montanhas da Etiópia, um rapaz e uma moça apaixonados se casaram. Por algum tempo foram muito felizes, porém, de repente os problemas chegaram a casa deles. Começaram a ver os erros um do outro nas pequenas coisas. Ele a acusava de gastar muito, ela o acusava de chegar sempre atrasado. Não se passava um santo dia sem que houvesse discussão sobre dinheiro, sobre trabalho doméstico, sobre amigos e parentes. Às vezes ficavam bravos e gritavam impropérios, iam para a cama sem se falar, o que só piorava a situação. Depois de alguns meses, viram que a situação só estava piorando e, resolveram procurar um juiz para promover o divórcio. O juiz sábio, pois havia feito o casamento dos dois infelizes, perguntou: Por quê? Há menos de um ano que se casaram. Não se amam mais? Sim, respondeu o casal, nós amamos, mas as coisas não vão nada bem. Depois de relatar tudo ao juiz, sobre as intolerâncias recíprocas, o sábio juiz, disse que poderia ajudar através de um remédio que sabia fazer, porém, necessitava de muito esforço e determinação do jovem casal e, perguntou se estariam dispostos em salvar o casamento. Os dois responderam prontamente que sim, e, então o juiz disse que precisava de um pelo de leão para fazer o remédio e, tinha um leão ali nas redondezas perto do rio. O casal assustado gaguejou ao juiz que seria quase que impossível conseguir arrumar o precioso pêlo do leão. O juiz falou que sua responsabilidade era apenas de fazer o remédio e, que para conseguir o material era problema deles, isto se realmente desejavam continuar juntos e casados. Daí, com o firme desejo de realizar a tarefa para alcançar a felicidade o casal se uniu de verdade e partiram para conseguir o tão desejado pêlo salvador de suas união. Depois de muitas tentativas arriscadas, finalmente conseguiram e levaram imediatamente ao velho juiz. O velho juiz de posse do pêlo, falou: vocês foram muito corajosos e pacientes, agora sejam felizes. O casal exclamou e onde está o remédio que o senhor prometeu. O velho juiz disse lá do alto de sua sabedoria, então não vê? Já têm o remédio de que precisam. Vocês se uniram, fizeram tudo o que podiam e o que não podiam para conseguir o objetivo da felicidade. Portanto, vocês se amam, se os dois tiverem a paciência, a determinação e a coragem que demonstraram para trazer o pêlo do leão serão muito felizes. Pensem nisso. De fato, se as autoridades constituídas e as pessoas responsáveis, tivessem a determinação e o discernimento de se preocupar com o bem estar da população, ao invés, de inverter os seus papéis. Certamente, não digo que estaríamos livres de tragédias e outros sinistros próprios da natureza, todavia, haveríamos de lamentar menos.