Neste mundo conturbado e. cheio de imprevisto, acontecem coisas do “arco da velha”, como dizia o povo de antigamente. Se, por ventura, não vistes ainda coisas que, dificilmente imaginas, podes crer que em algum cantinho deste mundo de Deus, pode estar acontecendo. Imaginem que, até o impossível tem o seu lugarzinho reservado para se fazer aparecer e, mostrar que até ele tem vez neste planeta habitado por palmeirenses, corintianos, são paulinos e, santistas e, demais galeras. É, até comum, de vez em quando ouvir esta expressão espantada que ecoa mais ou menos assim: “Meu Deus é impossível que isso tenha acontecido”. Todavia, é bastante notório que os acontecimentos, se fazem à revelia de nossas intenções. Portanto, a nossa atenção deve sempre estar redobrada quanto a isso, pois para acontecer as coisas não há necessidade de sobreaviso. Tanto é verdade, que quanto menos a gente espera, algo está acontecendo, basta que a gente esteja viva. Porém, é por isso que a prevenção, embora, frequentemente, em desuso pela maioria de nós é importante no dia. Como forma de estarmos alerta devido os imprevistos que surgem de repente sem explicação ou quase do nada. Destes imprevisitos, geralmente, qualificam-se todos aqueles que certamente não se programam e, deixam as coisas correrem soltas, sem a mínima preocupação. E, quando fato acontece, os envolvidos com a maior cada de pau, incomodam terceiros para tentar resolver os seus problemas insolúveis, que por si próprios, devido a negligência dos participantes. Para melhor compreensão desses episódios, podemos citar uma passagem bíblica, extraída do Evangelho de Mateus, onde conta o seguinte: “O reino dos céus pode ser comparado a dez moças que levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e, cinco eram previdentes. As descuidadas, pegaram suas lamparinas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes levaram jarros com óleo junto com as lamparinas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço. O novo está chegando, ide acolhê-lo! Então, todas se levantaram e, prepararam as lamparinas. As descuidadas disseram para as previdentes: Dai-nos um pouco de óleo, porque as nossas lamparinas estão se apagando. As previdentes responderam: de modo algum, pois o óleo poderá ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou e, as que estavam preparadas entraram com o noivo no salão de festas para o casamento e, a porta se fechou. Por fim, chegaram as outras e disseram: Senhor! Abre-nos a porta! Ele respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço! Portanto, vigiai, pois não sabem o dia, nem a hora”. Sabe amigos, de repente, nos veremos em alguma enrascada e, se formos analisar o motivo, certamente, nos depararemos com um “mea culpa” singular. Embora quase todos nós quando nos enroscamos não admitimos a nossa falta de cuidado, prontamente argumentamos que aquilo foi uma fatalidade. Aliás, é bastante comum sempre que erramos, procuramos achar um “bode expiatório” para transferir as nossas fraquezas e, lamentavelmente continuaremos exprimindo a famosa exclamação, não tive culpa, foi de repente que aconteceu. E, infelizmente, como as coisas não vão mudar, é como se dizia lá pelo início do século 19, nos domínios portugueses: “e tudo continua como dantes no quartel de Abrantes”.
Arquimedes Neves – Nei
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