Capital da corrupção

A propósito foi muita oportuna a intervenção da promotoria pública local, na pessoa do senhor promotor Dr. José Vieira, contra a pecha totalmente descabida para a nossa querida cidade. Em contra partida, é sobejamente conhecido por todos nós, o quanto nossa cidade pode se orgulhar durante toda a sua existência até a presente data, das glórias que tem proporcionado ao seu povo ordeiro e super hospitaleiro. E, demais a mais é extremamente injusto e, acima tudo, muito leviano e inconseqüente generalizar episódios isolados praticados por minorias, como responsabilidade de todos. Considerando que o histórico de um lugar se faz através da luta incansável de pioneiros abnegados, é de se esperar que uma denominação infeliz desta natureza, certamente, colocou lágrimas de tristeza nos olhos de todos nós que amamos de fato esta terra abençoada por Deus. E, como uma obrigação de lembrança, fico pensando sinceramente como os nossos ilustres cidadãos hoje já falecidos, tais como: Nasser Marão, Antonio Nogueira, Antonio Frederico, Cícero Barbosa Lima Júnior, Salvador Castrequini, Nelson Camargo, Antonio Batista Pereira, Miguel Gerosa, Sargento Guatemozim, Orlando Mastrocola, Domingos Pignatari, Wilson de Souza Foz, Nozomu Abe, João Gonçalves Leite, Hernani de Mattos Nabuco, Padre Paranhos, Frei Arnaldo, Rachid Homsi, Plínio Marin, Prof. Luiz Garcia de Haro, certamente todos em espírito devem estar chocados com que estão fazendo com a sua querida cidade. E, quanto aos nomes citados, poderia ficar enumerando quantos mais nomes quisessem, no entanto, pelos citados, os demais cidadãos também já falecidos, se sintam aqui representados. Então é de se acreditar que a denominação injusta não deveria frutificar, aliás, não vai, isto porque nós repudiamos de todas as formas, não porque o adjetivo não nos convém, mas, sim porque Votuporanga não merece tanta calúnia. Quando acontecem fatalidades dessa natureza envolvendo o nome da cidade, me passa pela cabeça que existe ocultamente alguma maledicência orquestrada, propositadamente, para ferir e manchar o nome e o prestígio do município. Pois, é evidente que a nossa cidade causa uma ciumeira geral e, isto é motivo mais que suficiente para tentar brecar o nosso crescimento e a nossa pujança. Assim é que os nossos inimigos, não podendo nos combater no campo limpo da luta diária, usam de todos os artifícios possíveis e imagináveis para nos atingir. De uma coisa possam eles ter certeza, jamais nos esmoreceremos e  nunca entregaremos os pontos e nem jogaremos a toalha, pois essas atitudes não fazem parte da índole guerreira do povo votuporanguense e, ninguém vai nos deter. Inclusive, não há como estender responsabilidade apenas por afinidades, haja vista que quem comete o delito é quem vai pagar a pena. Só para esclarecer, um pai apenas por ser pai não vai cumprir pena só porque por infelicidade o seu filho seja um marginal. Assim é que a cidade deve sempre ser considerada como um enorme berço que acolhe cálida e indistintamente todos os seus filhos. E, seria de uma ingratidão sem tamanho considerá-la culpada e por isso taxá-la com adjetivos não muito nobres, a ponto de denegrir indistintamente todos os cidadãos que nela residem. Então, pegando uma carona na indignação do senhor promotor, devemos todos garantir a proteção de nossa cidade, numa união maciça, como se fosse uma cruzada blindando efeitos malignos sobre ela. Para tanto, se faz necessário despender esforços sem limites liderados pelas autoridades constituídas, na formação de um Movimento de proteção, encabeçado pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assessorados pelos clubes de serviços e demais entidades, civis e religiosas, para se ter um respaldo de respeito e de consideração. Se assim não acontecer, é possível que se amarguem futuros dissabores deste naipe, pois, o mal campeia por toda parte e, nossa cidade embora bela, charmosa e hospitaleira não está isenta disso, pelo contrário, devemos resguardá-la dos olhares gordos que se espreitam por aí. Votuporanga, não se preocupe, pois, nós te amamos demais para deixá-la a mercê de pessoas inescrupulosas e, que não te amam. Não vamos permitir que isso aconteça. Podes ter certeza.