Coisas de Deus

Estava eu pensando algumas coisas sobre nós todos, humildes humanos que perambulam pelos caminhos da vida em busca da felicidade e, de outras comodidades para o nosso bem estar pessoal. Deparei em muitos trechos de meus pensamentos que Deus está a todo o momento falando conosco e nos explicando os caminhos e, notadamente pela nossa arrogância não percebemos as dádivas que nos são disponibilizadas. E, conseqüentemente nos colocamos a reclamar de nossos infortúnios querendo coisas que quase sempre na maioria das vezes não merecemos. A bem da verdade, Deus não joga alimentos diretamente nos ninhos, apenas, possibilita as aves encontrá-los para sua satisfação, se quiserem. Por felicidade minha apenas para reforçar essa verdade, lembrei-me também de um conto antigo de autor desconhecido. O qual terá certamente o condão de amadurecer ainda mais em nosso coração a certeza de que Deus realmente deve ser para todos nós o começo, o meio e fim de tudo, a saber: “existia num reino distante um rei totalmente ateu e, que tinha um escravo fiel aos mandamentos do Senhor, por isso, gostava muito de ficar discutindo com o escravo sobre este assunto e colocando o servo  em condições embaraçosas. Porém, o servo iluminado sempre tinha respostas que contrariava bastante sua majestade. Certo dia, o rei, saiu com o escravo para caçar e, em plena floresta foram atacados por um animal selvagem, porém, o servo lutou bravamente com a fera, mas não conseguiu evitar que a mesma arrancasse um dedo da mão do rei. Não obstante,  tenha salvado a vida de sua majestade, mesmo assim, o rei ficou furioso a ponto de acusar o Deus do escravo por não ter evitado que o animal lhe comesse um dedo. O escravo, todo humilde disse ao rei que Deus sabia o que estava fazendo, portanto, somente um dedo foi o mínimo em troco de uma vida. Ao voltar ao palácio, o rei ainda bastante furioso, mandou seus soldados prenderem o escravo, pois, acreditava que embora ele o tenha salvado de ser morto pelo animal feroz, achava que era o escravo e o seu Deus bastante culpados pela tragédia. Meses depois foi o rei novamente caçar, sem levar o escravo que ainda continuava preso. Lá na floresta o rei foi capturado por selvagens que eram adeptos a sacrifícios humanos. O rei já deitado na mesa dos sacrifícios, de repente os selvagens notaram que o homem não tinha um dedo da mão e, prontamente o soltaram, pois, o mesmo não era puro para ser ofertado aos deuses. O rei todo  feliz e triunfante voltou para casa e, em lá chegando mandou soltar o escravo. No encontro sua majestade muito agradecido, recebeu o servo com bastante emoção e, disse-lhe: o teu Deus realmente é bom, pois não deixou que os selvagens me sacrificassem. O escravo também contente acrescentou ao rei: eu sempre falei para o senhor que Deus nunca erra e sabe tudo o faz, obrigado Senhor, exclamou o servo. O rei, porém, ainda não satisfeito perguntou ao escravo: eu não entendo que se o seu Deus é tão bom, porque ele permitiu que você ficasse preso todo esse tempo? O escravo respondeu: majestade, se eu estivesse com o senhor, certamente seria sacrificado em seu lugar, pois, é certo que a mim não falta nenhuma parte de meu corpo, por isso é que sempre digo e acredito, Deus nunca erra”. Esquisito, que estamos plenamente conscientes disso, todavia, por uma indolência natural passamos batidos em vários momentos de nossas vidas, inclusive, sofrendo antecipadamente, quando o correto seria nós com muita fé e amor segurar na mão de Deus e, o resto vamos aguardar. Amém.