Soluções radicais

Alguns anos atrás, mas, não muitos, questão de 40 a 45 anos, normalmente e, de forma quase que precipitada, as coisas eram resolvidas, radicalmente, ou seja, não existia solução paliativa e, nem manutenção preventiva. E, só para mostrar como eram as coisas, quando se tinha um problema dentário, a primeira atitude do profissional era sem nenhum tipo de consulta promover a extração do referido incômodo. Assim sendo, partido desta premissa, podemos prognosticar que não há por parte das pessoas nenhuma preocupação em analisar e verificar quais são as alternativas melhores disponíveis para se tomar um posicionamento de questões ou situações existentes pendentes de solução. E, o pior de tudo é que temos o péssimo costume de agirmos muito mais dentro do lado emocional do que, praticamente, do lado da razão. Certamente, esta atitude, sem dúvida, alguma vai proporcionar resultados antagônicos ao esperado. Uma vez que em alguns mais e, em outros menos, o momento emocional tem duração relativa. Considerando a extensão do fato que é proporcional ao sentimento, levando-se em conta o equilíbrio emocional de cada um. Em sendo assim, toda vez que precipitamos a definição de alguma posição para escolher de qual lado vamos ficar. Se, nos valermos somente da emoção, que nos domina no momento, certamente, quando as coisas ficarem mais tranquilas vamos perceber, claramente, que vai haver necessidade de readequar o quadro anteriormente definido. Uma vez que será notório observar que os resultados não foram os esperados. Aliás, no ápice da emoção somos levados a praticar ações desordenadas, as quais fatalmente nos conduziram para caminhos ficticiamente corretos. Porém, depois do clamor vamos ver que realmente não era aquilo que queríamos. Todavia, somos imprevisíveis, relativamente, às decisões que sempre tomamos no calor das emoções. Fatalmente, estaremos envolvidos nos acontecimentos que nos proporcionaram resultados indesejados. Interessante é que sobre esse assunto de querer resolver, tudo no sufoco, nos coloca muitas das vezes, como diz o ditado, em “saia justa”. Mesmo sabendo disso nada nos faz controlar o nosso ímpeto para refrear nossas ações baseadas em momentos emotivos. Desta feita, é incondicional à atitude tomada nestes momentos, tanto é verdade que podemos considerar como parte da reação humana. Portanto, não há como nos livrar de que, de tempos em tempos, estarmos precedendo como o velho ditado diz: “quem tem pressa e, age, instantaneamente, sem usar a razão, come cru e quente”. Geralmente, sempre queima e a língua.

                                                           Arquimedes Neves – Nei

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