O Natal é uma data divina onde se comemora o nascimento do filho de Deus. Ele nos leva, docemente, a uma série sem limites de emoções, cujas quais, nos elevam aos céus, para viver estes momentos seletos de harmonia e amor. Interessante que o ambiente nesta ocasião tem poder, inimaginável, de nos transportar para posturas de esperanças e fé no futuro é, realmente, indescritível o pulsar dos corações. E, demais a mais, tais momentos, nos possibilita a crença de que somos todos irmãos. Embora, à época nos permita tais divagações, não custa aproveitar este imaginário para viver a delícia de portar Deus dentro do coração, nem que seja por este curto espaço de tempo. Há, de se convir também que, tais momentos, devem ser desfrutados no máximo de tempo possível. Todavia, o que nos entristece é que referidos valores, na maioria das vezes, são relegados a planos inferiores no nosso dia a dia. Uma vez que tais momentos de irmandade são mais sentidos e palpáveis nesta época natalina. Pois, o desejo de acolher o outro e, solidarizar-se com aqueles que vivem uma realidade mais difícil que a nossa, se faz evidente dentro de nós. Envolvidos nesta ternura tornamo-nos mais sensíveis para entender e enfrentar situações que muitas, das vezes, nos parecem provações inexplicáveis. Embalados neste espírito natalino, convenientemente, o coração fica mais hospitaleiro e aberto para receber e externar sentimentos. Aproveitando a ocasião, podemos também sentir a maravilha deste momento para fazer planos, pensar em realizar uma infinidade de coisas que ficaram armazenadas no tempo e protegidas por milhares de desculpas. Sabemos, que nem tudo é espírito natalino, pois existem aqueles que não procuram viver a comunidade da partilha e, se dispersam por motivos os mais variados possíveis. Queridos leitores, apenas a título de lembranças, vamos fazer um pequeno retrocesso para tecer alguns comentários no ponto mais importante das festas natalinas, onde podemos destacar que nem todos vivem as glórias do Natal. Vamos divagar e imaginar a noite de Natal nos presídios, o que será que acontece! Alguns rezam! Outros choram pensando na família! Outros imaginam o porquê de estarem lá! E, outros, às vezes, nem sabem que é Natal! Vamos agora para os asilos. Dá para imaginar aquela população sofrida, vivida e, que muitos só estão ali apenas esperando a morte chegar. E, o pior de tudo, já ouvi algumas histórias que algumas pessoas têm parentes morando lá, às vezes, até pai ou mãe, não se sabe as razões, mas, não dá para acreditar que isso é verdade. Agora vamos para os orfanatos, será que aquelas criancinhas esperam o Papai Noel! Leitores queridos, de propósito, deixamos os mais agonizantes por último, estamos nos referindo àqueles eternos irmãozinhos que moram ao relento, ou seja, que vivem nas ruas e moram debaixo dos viadutos. Com certeza, quase que absoluta, se formos ficar aqui enumerando os casos críticos é possível que não haverá tempo suficiente para tal. Todavia, é certo também que jamais acabaremos com os sofrimentos e, desamparados e, esquecidos sempre existirão. No entanto, é possível praticar a generosidade, sem necessariamente, termos dinheiro. Podemos oferecer carinho, atenção e respeito gratuitamente. Não vamos salvar todos, mas, poderemos ser a diferença para alguns. São em gestos singelos dessa natureza que residem o espírito natalino. Portanto, seria bom lembrar que tais sentimentos obtidos nesta época, graciosamente, deveriam pendurar o ano inteiro. Um feliz e santo Natal a todos, são os votos.
Arquimedes Neves – Nei
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