Trânsito, dor de cabeça geral

A nossa cidade, me lembro dela desde as décadas de 1.940 e 1.950, era pequeninha, jeitosinha, pacífica e, principalmente, gostosinha de se morar, pois, o seu povo era ordeiro e, companheiro entre si. De repente, como num piscar de olhos, já estamos no século 21, mais de 80 anos depois e, a cidade assustadoramente, cresceu e, virou até líder de região. E, como não poderia deixar de ser, este desenvolvimento trouxe muitos destaques para a cidade, inclusive, trouxe também grandes oportunidades próprias dos centros mais desenvolvidos. Todavia, entre todas as coisas acontecidas durante o desenvolvimento de um povoado, é óbvio que muitas coisas novas surgem e, muitas velhas desaparecem. E, nesta constância de movimentação nós também, particularmente, temos que necessariamente mudar também, caso contrário vamos ficando para trás, a ponto de ficarmos, totalmente, fora de moda, ou seja, desatualizados. Podemos, a título de comparação, destacar o trânsito, por exemplo e, é certo que tivemos mudanças bruscas que afetaram, diretamente, o comportamento das pessoas. Uma vez que antigamente as pessoas transitavam pelas calçadas e, também pelas ruas com tranquilidade e, dificilmente ouvia-se notícias de acidentes entre veículos, motos e bicicletas, contra as pessoas. Interessante perceber que as diferenças de épocas passadas com épocas atuais existem diferenças gritantes entre elas, principalmente no que diz respeito a atitudes e comportamentos das pessoas. Aliás, saltam aos olhos tais contraposições, vamos comentar algumas, todavia, existem aquelas que são destaques em quaisquer grupos de pessoas e, para começar podemos o citar o trânsito de veículos e de pessoas. E, para realçar mais esta questão, podemos afirmar sem medo de errar que o trânsito figura em primeiro lugar como destaque de “dor de cabeça” aos administradores e aos administrados. Só para comentar e sentir o drama, podemos citar que a nossa querida cidade quase que na casa de seus 100.000 habitantes, tem aproximadamente entre veículos motorizados 80.000 unidades. Agora pergunto. Quem vai conseguir administrar isso? Na verdade, nem o “super-homem” conseguiria. Acontece caros leitores, que através dos séculos, décadas por décadas, vamos lamentavelmente perdendo duas atitudes básicas de uma sociedade que é, o respeito e a educação. E, para se ter uma ideia hoje tem uma maioria consistente que tem um carinho e um cuidado especial com o seu carro, sua moto ou sua bicicleta, muito mais do que com sua própria família. E, é por isso que somos tratados pelos condutores de veículos como se fôssemos “coisas” e, não seres humanos, infelizmente. E, só a título de observação se qualquer um de nós quisermos ver como está o trânsito, basta ficar apenas por algum tempo parado na calçada de alguma das ruas da cidade, para confirmar o que estamos dizendo. Motoristas que não dão nenhum sinal de seta, alguns teimosos que insistem em não usar o cinto de segurança, outros que dirigem falando ao celular e, alguns mais apressadinhos que invadem os sinais convencionais, não respeitando ninguém. Motoqueiros, com motos sem a mínima condição de transitar, outros se acham os ases das duas rodas, fazem mil malabarismos, na via pública, colocando em risco a si mesmo e as demais pessoas. Interessante, o que se tem observado e, é possível que seja verdadeiro, que a maioria dos motoqueiros desconhecem as Leis que regem o trânsito em geral. Portanto, é possível afirmar que talvez seja isso que os tornam abusados ou, se, por acaso os conhecem, então, se fazem de abusados por puro desrespeito aos seus semelhantes. Outra figurinha difícil deste contexto é o ciclista, para eles parece que moram em campo aberto, pois, todos os sem exceção, são deles e, podem fazer o que quiserem. Ou seja, andar nas ruas, nas calçadas, nas praças públicas, enfim estão livres e soltos para o que der ou vier, uma vez que não há identificação que os identifiquem, portanto, sem possibilidade de serem multados e punidos. Portanto, seria interessante que as autoridades constituídas pensassem seriamente no assunto e, providenciasse leis que os qualificassem, para o bem e felicidade geral de todos nós. Finalmente, por último, podemos falar um pouco do mais desprotegido nesta loucura toda que é todos nós pobres pedestres. No entanto, há necessidade de se destacar que, em muitas das vezes, os pedestres não colaboram, atravessam as ruas sem os devidos cuidados e, quando não, deixam de usar os próprios benefícios que o Código de Trânsito lhes oferece, ou seja, as faixas preferenciais, os sinaleiros e os próprios agentes de trânsito. Vamos pensar no assunto, principalmente, os excelentíssimos senhores vereadores representantes legais da sociedade.

                                                                   

Arquimedes Neves – Nei

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