Na maioria das vezes, quando você é apresentado a uma pessoa, não demora muito para você já começar a considerá-lo como amigo. Todavia, no decorrer daquele período de fortalecimento da amizade, pode ocorrer um imprevisto no relacionamento. E, daí você se desperta e, verifica com grande desapontamento que aquela pessoa não era tudo aquilo que você achasse que fosse, ou seja, seu amigo. Todavia, o coração brasileiro é muito mole para este tipo de relacionamento e, volta novamente a disponibilizar confiança naquela “figura” imprevisível. Em vista disso, tudo é possível, inclusive, sentir que a nossa vida é cercada de desencantos e desapontamentos. Isto porque, vivemos sempre em torno de tirar vantagens ou, simplesmente, a busca daquilo que nos favorece. Acontece que, a propósito só vamos tecer comentários somente em torno das situações mais marcantes. E, em assim sendo, primeiramente, devemos começar pelas mães, uma vez que elas em quaisquer circunstâncias, não medem esforços para acudir o filho. Principalmente, quando os têm em decadências, são nestes momentos de penúrias, que elas se destacam, sentem a amargura do desapontamento invadir o seu machucado coração. Mesmo recebendo este golpe terrível sobre seus ombros, têm a capacidade divina de suportar tudo e, um pouquinho mais, mas, mesmo assim não deixa o seu pequeno sucumbir. Indubitavelmente, as mães são as maiores colecionadoras de desapontamentos, no entanto, elas fazem isto, sempre com um sorriso da Virgem Maria, nos lábios. Quanto aos cônjuges, muito deles, após caminharem juntos um tempo considerável, vão perceber, amargamente, lá na frente, que viveram displicentemente, foram engolidos pela rotina, o amor já faz algum tempo que os deixou. E, nesta constatação, caso seja feita, acreditamos que, a maioria, não vai perder tempo com nostalgia de um passado primoroso e, na época com perspectivas de um futuro grandioso, os quais, rolaram por água a baixo. E, o pior de tudo foi quando os dois cheios de amor e, de outros sentimentos agradáveis, se olharam desapontados e, subjetivamente, se perguntaram: “quem é você? ”. Sem deixar pairar nenhuma dúvida, é certo que, a vida a dois é construída dia a dia, regando a cada momento, para que no fim se desabroche num verdadeiro amor. Ao contrário, se for, obviamente, o encontro com o sentimento de desapontamento estará esperando os jovens velhos, para abraçá-los para sempre. Pulando um pouquinho, vamos falar dos políticos que com habilidade assombrosa nos garante a todo momento o “Oscar” do desapontamento. Uma vez que somos enganados, decepcionados e, acima de tudo ludibriados. Considerando isso tudo, é de se supor que, na verdade, somos merecedores do dito cujo, Oscar. Interessante que vem ano e vai ano, ouvimos a mesma cantilena, a mesma ladainha e, acabamos ingenuamente rezando na cartilha deles. Isto porque não temos opções e, quando as temos (eleições) não sabemos aproveitar, infelizmente. E, o pior de tudo é que quanto a política temos uma enorme agravante, uma vez que existe boa parte deles que usurpam os recursos públicos, em benefício próprio e, em frontal detrimento das obras sociais e, outros benefícios. Enfim, a vida é constituída de alegrias e desapontamentos, para tanto, nos é necessário saber dosá-la, aproveitando os condimentos disponíveis, para tentar viver em harmonia com todos e, principalmente conosco mesmo.

Arquimedes Neves – Nei

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