Imperfeições e, ou vícios

Na vida carregamos as imperfeições e as qualidades. Todavia, na maioria das vezes, somos derrotados pelas forças das imperfeições que, matreiramente, nos dominam e, nos deixam a falsa impressão de que somos nós que as dominamos. Todavia, é certo que não temos condições de controlá-las, por mais, equilibrados que possamos ser. Considerando que as imperfeições são portadoras de várias forças chamadas inveja, ignorância, vícios e, outras maldades mais que nos passam no momento desapercebidas. As quais, juntas qualificam as imperfeições como forças demoníacas, que têm o poder de dominar todo o ser humano, impedindo qualquer tipo de reação para desqualificá-las. E, para mal de todos os pecados, no início de qualquer imperfeição e, ou vício, a pessoa acha que se quiser, a todo momento, pode se desfazer daquele vício. Ledo engano, o dito cujo, possuído, ficará por muito tempo dependente daquela praga. Quando a pessoa se acha toda absoluta da situação, acaba abaixando a guarda e, achando-se, completamente, dominante daquele momento. Todavia, é neste estágio que o bicho pega, a contaminação se encontra tão avançada que o dependente não tem mais forças para dominar nada, e, por que não dizer uma presa fácil de se dominar, perdeu a batalha. A propósito, podemos enumerar diversos vícios que ocupam espaços importantes nas vidas daquelas que eles dominam, a saber: A bebida alcóolica, quando a pessoa começa a experimentar a dita cuja, sempre, sem exceção, se escuta a famosa frase expressada com alegria e, enganosa segurança do iniciante, “fiquem tranquilos eu bebo socialmente e, largo quando quiser”. No entanto, não é assim que acontece, o tempo vai passando e as doses aumentando, o controlável torna-se incontrolável e, tudo começa a rolar por água abaixo. Perde-se tudo, a família, os negócios, empregos, amizades, de repente é o fundo do poço. Todavia, como consolo ganha-se uma belíssima cirrose hepática e, daí a viagem para o Campo Santo é rapidinho. Quanto a dependência química, no começo é só alegria, uma cheiradinha aqui, uma picadinha ali, uma dosinha acolá, tudo em nome do mundo livre, conhecer novas sensações, ser agradável com os supostos amigos e, quando se quer acordar, pronto “a vaca já foi para o brejo”. E, diante deste quadro negro fabricado, conscientemente, vemos desmoronar todos os planos dos pais, parentes, amigos e pelo próprio dependente. E, como não poderia deixar de ser estão sendo despejados no esgoto da infelicidade, possivelmente, sem chances de recuperação. Sei que muitos devem estar pensando que me esqueci de falar do vício mais atrevido de todos, inclusive, frequenta as nossas casas como se fosse dono dela, aliás, pode ser até que seja. Estamos falando do vício considerado a coqueluche deles todos, adivinhem quem é? Não poderia ser outro, pois, é o favorito das rodinhas, estamos falando do fumo, ou seja, mais especificamente, do cigarro. Que por ser um vício, socialmente aceito, às vezes, não muito, porém, sem dúvida alguma, tem um trânsito livre entre nós. Na verdade, o cigarro é o pior dos vícios, uma vez que, ladinamente, toma conta de nós, no começo em doses homeopáticas, apenas achamos que estamos fazendo tipo, principalmente, de bacana, ou seja, estiloso. Todavia, sem que nos apercebamos estamos nos aproximando cada vez mais o nosso óbito. Não obstante, esta ruina acelerada dos pulmões, o maldito cigarro, tem seus males efeitos nocivos nas demais pessoas em convívios com os teimosos fumantes. Podemos também citar ainda a Internet, as novelas etc… De certa forma, todos nós com menor ou com maior intensidade temos as nossas imperfeições. No entanto, é preciso policiarmos estes desvios, principalmente, quando atacam os nossos filhos, considerando que é muito melhor prevenir do que remediar. Por que depois que o leite derramou, nada mais pode ser feito a não se lamentar e, como!!!

Arquimedes Neves – Nei

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