APAE, ninho de anjos

De fato nestas instituições de crianças com necessidades especiais, da qual podemos selecionar como exemplo a unidade de Votuporanga, onde todos os seus hóspedes, sem exceção, são pessoas risonhas e felizes. Digo isso, diante de uma verdade inconteste, haja vista o carinho e dedicação disponível por todos, ou seja, diretores, funcionários, pais, amigos e, principalmente a sociedade que ama a todos de paixão.  Todo esse carinho e dedicação fizeram com que a querida APAE, se tornasse um verdadeiro ninho de anjos. Tudo, porém, de uma forma espontânea e aberta que selou de vez uma empatia angelical entre eles e todos nós. Todavia, o mais importante nesta caminhada de quarenta anos de existência, é que todos os obstáculos surgidos foram vencidos, através, da abnegação de muitos que não mediram esforços para chegar onde a instituição está hoje, aliás, bela e formosa. No entanto, é fato que a luta não acabou e, em nenhuma batalha vencida, das muitas que foram disputadas colocou os envolvidos em situação de dever cumprido, jamais. Uma vez que as dificuldades nunca acabam e, por outro lado, há intimamente no interior de cada colaborador da instituição a chama viva de participar sempre, pois, a causa é justa e, os responsáveis merecem e sempre merecerão a nossa confiança e admiração. Por outro lado, Deus na sua infinita bondade através dessas figuras frágeis e inocentes nos coloca a oportunidade de através delas, vê-las com os olhos do coração, pois, elas são de fato o próprio Deus ali constituído. Num mundo tão violento provocado por pessoas normais, onde assistimos todo tipo de violência, percebe-se claramente ausência de corações bondosos e inocentes. Inclusive, para evidenciar a maldade, constatou-se recentemente através de uma manifestação infeliz do publicitário Roberto Justus, que num ato de verdadeiro preconceito fez o seguinte comentário: “cegonha, você está demitida”, fazendo alusão a sua filhinha portadora de necessidades especiais. Lamentável.   Obviamente sem ter o sentido de comparação, uma pessoa portadora de necessidades especiais, indistintamente é também portadora de um coração carregadinho de inocência e felicidade. Então, por que não copiar a felicidade delas? Na verdade, isto tudo que estou dizendo não passam de conjecturas de palavras e comparações inexeqüíveis, pois, infelizmente nós pessoas normais não pertencemos ao ninho dos anjos, com certeza, pertencemos a outros, que não convém citar. E, só para dar mais luz e grandeza a essa dileta população de pessoas especiais, me lembro de um fato que por certo não sei se já contei em outros artigos, porém, o acontecimento foi tão marcante e, achei muito oportuno citá-lo aqui, como segue: “Numa Olimpíada promovida em um país europeu, para crianças com problemas especiais, numa corrida de revezamento, quando na troca de bastão por uma equipe o atleta especial caiu. O outro de equipe diferente e que estava na frente da competição, olhou para trás e viu o coleguinha no chão, voltou e o ajudou a levantar-se para continuar na disputa. Diante daquele gesto nobre, todo o estádio completamente lotado, aplaudiu de pé e chorou de emoção”. Agora, pergunto: “são o não são anjos? É claro que sim.” E, pergunto outra vez: “numa competição de pessoas normais, o atleta adversário, faria o mesmo? É claro que não.” Daí a diferença, uma vez que são eles que nos ensinam, nós é que somos cegos e não vemos. Em vista disso tudo e muito mais, referenciamos a APAE de Votuporanga nestes quarenta anos de luta e dignidade. Aproveitamos o ensejo para cumprimentar a todos da instituição, em especial o casal Márcia e Douglas Gianotti. Votuporanga se regozija com o trabalho de vocês, que de uma forma direta ajuda a cidade crescer. Obrigado por tudo.