Há, pelo menos algumas décadas atrás, lá pelos idos dos anos 50 e 60, em plena juventude dos meus 15 anos, quando ainda cursava o 1º ano do Ginásio Estadual. Onde funciona hoje a Fundação Educacional, ali na rua Pernambuco, depois, mais para frente, trocou de nome para I.E. “Instituto de Educação, Dr. José Manoel Lobo”. E, mudou-se, também, posteriormente, para a Rua Amazonas, os mais antigos hão de se lembrar. Depois, deste preâmbulo, apenas para posicionar aos leitores, quero contar que naquele período lá da adolescência, tínhamos um professor Da Língua Portuguesa, infelizmente já falecido, chamado Azor Silveira Leite, aliás, inventor da frase acima, que se empresta para o título deste artigo. Era costume daquele mestre, preconizar que o futuro estava nas mãos da “educação” e, o mesmo não arredava os pés sobre esta afirmação. Quanto a isso, as suas aulas, tinham o propósito maior de orientar os alunos, com informações sobre a importância do saber. Porém, a sua sistemática de ensinar estava sempre voltada para a simplicidade das coisas, pois, segundo ele, a gente tinha obrigação de falar corretamente, todavia, para isso não precisava fazer nenhum exibicionismo. Bastava, apenas colocar as articulações, verbalizações e, as conjunções nos seus devidos lugares. Só isso. O professor era, sem dúvida alguma, uma biblioteca ambulante e, embora ele fosse essa sumidade intelectual, nós, sem exceção, adorávamos ficar com ele. Uma vez que o mestre, embora possuidor deste vasto conhecimento, não era arrogante e, nem mesquinho, era apenas um simples professor e amigo. Com muitas saudades, o querido professor nos deixou a todos nós como relíquia, um ensinamento, do qual eu, particularmente, ainda faço isso até hoje e, confesso que ajudou muito. Dizia ele: “ Todas às vezes, que forem escrever algo, uma redação ou, um texto, nunca se esqueçam de colocar um dicionário ao lado para ajudá-los, verão que num futuro não muito distante, as coisas funcionaram normalmente. ” Obrigado mestre. E, eu diante disto tudo, gostaria de deixar como brinde aos meus queridos leitores, algumas colocações gramaticais, tendo em vista, a riqueza de nosso vocabulário, muitas das vezes, vemos e ouvimos, conversações e escritas, realizadas de maneiras não muito corretas. A exemplo do mestre professor Azor Silveira Leite, o nosso propósito é simplesmente colaborar com nossos distintos leitores e, jamais nos colocarmos na distinção de mestre ou professor, apenas apreciem e sintam-se brindados com as informações abaixo dispostas, como segue:
01 – em vez de/ao invés de.
Em vez de – é usado como substituição. Ex. São Paulo em vez de BH.
Ao invés de – é usado como oposição. Ex. Grande ao invés de pequeno.
02 – ao encontro de/de encontro a.
Ao encontro de – expressa harmonia. Ex. Obrigada! Sua ajuda veio ao encontro do que eu precisava.
De encontro a – expressa embate. Ex. Brigaram porque a opinião dele ia de encontro ao que ela acreditava,
03 – por meio de/ através de
Por meio de – é o mesmo que por intermédio. Ex. Conseguimos por meio de muito trabalho.
Através de – expressa a ideia de atravessar. Ex. Olhava através da janela.
04 – a princípio/em princípio.
A princípio – equivale a, no início. Ex. A princípio, achei que não seria capaz.
Em princípio – equivale a em tese. Ex. Em princípio, todo homem é igual perante a lei.
05 – senão/se não.
Senão – significa, caso contrário, ou, a não ser. Ex. Me avise, senão vou esquecer. Não fez senão o prometido.
Se não – é usado para expressar uma condição. Ex. Se não puder, nos avise antes.
06 – Ratificar/retificar.
Ratificar – é o mesmo que confirmar. Ex. Os dados ratificaram a previsão.
Retificar – é o mesmo que corrigir emendar. Ex. Vou retificar os dados da empresa.
Queridos leitores, os poucos exemplos acima, foram apenas uma amostragem de que se formos sempre conferir ou procurar no Dicionário, é certo que iremos aumentar, sensivelmente, o nosso vocabulário e, consequentemente, o nosso conhecimento. Uma boa semana, com menos Corona-Vírus, para o bem de todos e felicidades geral da nação.