Amazônia, a natureza ferida II

Há pelo menos uns dez anos atrás, fizemos um texto com o mesmo título e, agora uma década depois, vemos que, infelizmente, não houve nenhum   avanço benéfico, com relação a saúde do fabuloso território brasileiro, invejado por todos os países do mundo. Afora, uns cem números de outros motivos variados de intenções, um dos principais está diretamente ligado a ganância do ser humano. Que ultrapassa os limites permitidos de liberdade na ação natural para contenção dos desmatamentos, sem critérios e obediências, aos princípios naturais de preservação da natureza. Considerando, mais um infelizmente, aliás, esta poderá ser a tônica dos pesares e lamentações, uma vez que, quem poderia e tem forças para tal, ou seja, acabar com esta “farra” toda, seriam os governantes. Mas, os mesmos são coniventes com essas ações depredadoras, uma vez que, tais fatos significam, com certeza, muito “dim-dim”, no bolso. Interessante que muitos de nós, ou seja, a maioria desconhece o que realmente significa a Amazônia, para o mundo. É, algo de muito grandioso e a gente não tem a mínima idéia de sua verdadeira ocupação, dentro de nosso território, portanto, a título de informação, vamos apresentar alguns dados, para conhecimento geral, como segue:

– A Amazônia legal brasileira está formada por sete estados e, mais parte de outros três, a saber: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, parte do Maranhão, do Mato Grosso e, mais cinco cidades de Goiás.

– A área, corresponde a 59% de todo o território nacional.

– Abriga 34% das reservas mundiais de florestas e 30% de todas espécies de fauna e flora do mundo.

– Possui 1.100 rios, sendo que 22 km deles são navegáveis.

– Tem uma população de mais ou menos 23 habitantes.

Nesta época atual, onde estamos observando pelos meios de comunicação que há realmente um crescimento vertiginoso de desmatamento, devido o avanço do garimpo ilegal, em contrapartida, não estamos vendo em iguais proporções movimentos contrários que possam, pelo menos, assustar ou refrear as investidas desordenadas e sem fiscalização aos invasores. E, a título de comparação de épocas, lembro-me que lá pelos idos de 2.007, a igreja, corajosamente, através da Campanha da Fraternidade, se manifestou para todo o território nacional. Sobre os desmandos e, as consequências que poderão advir num futuro não muito distante, com a dizimação da Amazônia. Gente, estamos vendo que todos os países do mundo estão se manifestando sobre a devastação da Amazônia, a coisa está ficando muito incontrolável e, é preciso urgente que os “importantes” da República larguem suas diminutas “picuinhas” de lado e, comecem a pensar mais no bem-estar de nosso querido Brasil. Todavia, é bom que se diga, e, é necessário que se grave nas cabeças de todos nós, que somos igualmente responsáveis, inclusive, no dia a dia normal, fazemos coisas que não colaboram em nada com a preservação da natureza. E, somente a título de exemplo, podemos citar o consumo exagerado de água. Lavamos calçadas, indiscriminadamente e, até vemos alguns mais “zelosos” lavarem as próprias ruas. Na verdade, é um “pseudo” direito que não temos, embora, alguns aleguem estarem pagando pelo produto. Queridos leitores, se pensarmos só um pouquinho, a gente vai perceber que temos um número infinito de oportunidades para colaborar com o meio ambiente, só precisamos não ficarmos indiferentes e, fazer a nossa parte.

Arquimedes Neves – Nei

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