Há aproximadamente mais de vinte e um séculos atrás, para o mundo católico a passagem e a lembrança da sexta-feira santa ainda continua viva no coração daqueles que acreditam em Deus. Embora, neste mundo contemporâneo onde a invasão da tecnologia distanciou muitos, principalmente, os jovens daqueles momentos divinos da memória do sacrifício de Jesus. Retratamos neste dia, o calvário de Cristo, que se iniciou na Praça do Pretório em Jerusalém, até o monte Gólgota, levando o pesado lenho da cruz e sendo flagelado durante este percurso, como se fosse um marginal qualquer. Tal passagem é para nós um retrato vivo da doação completa feita pelo Senhor Jesus, espontaneamente se deixou flagelar, embora se quisesse teria tomado atitudes diferentes. Porém, era preciso mostrar a todos que o significado desta entrega era de quem podia ser morto e, depois triunfar com a ressurreição, pois, era na verdade um único Deus. A data hoje é para reflexão, a ponto de nos colocarmos na intimidade de Jesus e conversar com Ele, afim de saber se estamos sendo dignos de seu sacrifício, ou, se nada valeu a pena. A indagação que nos fica é, como pode um ser divino, com poderes especiais, se deixar morrer e, sofrer as maiores agruras que se possa imaginar, em favor de uma humanidade decadente e, acima de tudo incrédula. E, só para provar, o povo da época muitos se decepcionaram com Jesus, pois, aos olhos deles o Salvador do mundo, deveria ter vindo como um grande rei, montado em um belo cavalo branco no comando de um exército poderoso para dizimar os inimigos. Entretanto, a surpresa foi tão grande, que o Nazareno, nasceu de uma família humilde e muito simples, não pertencia a nenhuma classe social destacada, era apenas um menino qualquer da comunidade. E, o pior de tudo, é que em centenas de ocasiões, não era reconhecido como o filho de Deus, a maioria não acreditava Nele. Pode até não parecer verdade, porém, o projeto de Deus era justamente este, ou seja, a aceitação do Cristo, estava condicionada apenas pela fé, destituída de qualquer outra obrigação aparente. O próprio Cristo condicionou os seus princípios dentro da humildade, aliás, segundo a suas próprias palavras, “quem se humilha será exaltado, quem se exalta será humilhado”. Portanto, para segui-lo este era o lema principal. Daí que, os componentes da divindade do Cristo, residiam nos predicados da fé, fidelidade, humildade, paciência, amor e acima de tudo ver o irmão, como a imagem e semelhança do próprio Deus. Mesmo como homenagem ao dia da Paixão de Cristo, é preciso que neste dia em que se recorda o calvário Dele, é muito importante para nossas vidas que nos prostremos pelo menos uma hora, diante da imagem do Cristo crucificado, para uma reflexão de nossa vida. Como estamos vivendo, é preciso nos aprofundar nas nossas ações, trazer à tona todas as nossas atitudes, rever o que de fato nos incomoda, o que nos perturba e avaliar quais são os propósitos de nossa existência. Descobrir neste questionamento particular se valeu a pena o sacrifício do Cristo por mim, ou, se realmente sou um fiasco, ou seja, não correspondi, decepcionei o Cristo, pois, tudo que Ele fez, não aprovei e nem reconheci. E, não obstante tudo isso, o Cristo, continua de braços abertos esperando os seus abrirem também, para união de um grande abraço, saudando a grande vitória do retorno à casa do Pai. Basta que você desvire as costas e vá ao encontro, com certeza, Jesus irá te acolher e te abraçar com muito amor. Experimente.