Se, porventura, a gente parar para pensar, poderá alguns menos preparados ficarem completamente pirados, haja vista, que sempre acontecem coisas, as quais, naturalmente, nos deixam boquiabertos. Visto que, nós, infelizmente, gostamos somente daquilo que nos agrada e, quando vemos surgir complicações, logo, despejamos o nosso rosário de impropérios contra tudo e contra todos. Colocamos culpas, até porque não dizer no próprio Deus, dizendo que como Ele deixou acontecer isto e aquilo e, com a certeza dos justos, sempre finaliza as lamentações dizendo: “eu não merecia isto”. A propósito, estava eu lendo uma revista e depararei com uma reportagem, muito interessante. O assunto abordado referia-se a filhos excepcionais. Onde um inconformismo por parte de um pai foi focado, por ocasião, de uma festividade em uma escola do gênero nos Estados Unidos. E, em um discurso proferido por este pai, que disse, mais ou menos assim: “Depois, de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou: Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que Deus faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como as outras crianças entendem. Meu filho não pode lembrar dos fatos e números como as outras crianças. Então onde está a perfeição de Deus? Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança. Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Meu filho, perguntou-me, papai, você acha que eles me deixariam jogar? Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se ele podia jogar com eles. O menino deu uma olhada nos demais meninos, buscando uma aprovação, porém, como esta não veio, inexplicavelmente ele assumiu a responsabilidade sozinho e consentiu com que ele jogasse. E, logo no primeiro arremesso de bola feito a Pedro que estava com o bastão para rebater, não conseguiu segurar devidamente e errou a primeira bola. Mais uma vez sem nenhuma explicação, um dos meninos da equipe de Pedro, foi junto a ele e o ajudou a segurar o bastão e encararam o lançador no próximo lance. Pedro, auxiliado pelo companheiro, conseguiu tenuamente rebater a bola numa distância pouco recomendável. Ignorando o sentido da disputa, os meninos, adaptaram a condição nova de jogo e possibilitaram a Pedro, percorrer correndo todas as bases, marcando os pontos necessários a vitória. E, quando esta aconteceu, toda a platéia de pé aplaudia a Pedro e, os dezoito meninos, os adversários e os da equipe, numa alegria sem medida, ergueram Pedro nos ombros, fazendo dele um herói. Como se ele tivesse vencido o campeonato e ganhado o jogo para o seu time. Naquele dia, disse aquele pai com lágrimas rolando pela face, que aqueles dezoito meninos alcançaram a perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto de meu filho Pedro.” O exemplo que fica é que não precisa muita coisa para se fazer alguém feliz, basta disponibilizar um pouquinho de tempo, não custa nada. E, ademais é bom lembrar que a perfeição de Deus está intrinsecamente ligada ao “cuidar bem” de seu irmão, só isso. Pensando melhor, neste turbilhão cotidiano, é preciso parar alguns momentos para pensar naquilo que é realmente importante na vida. Reclamar, jogar a culpa nos outros é cômodo, porém, não alivia, pelo contrário, dá urticária.