Normalmente temos o péssimo hábito de fofocar, ou melhor, de falar e criticar os outros. Para tanto, basta estarmos num grupinho comum para que tal ocorrência aconteça. Só para sentirem ao cúmulo a que chegamos, uma vez, estávamos conversando numa turminha e, de repente um de nós soltou a sentença fatídica, dizendo alto e a bom som, olha gente o que mais gosto na vida é: “falar mal dos outros, para mim é o máximo dos máximos e ponto final”. Naquele instante houve um silêncio constrangedor, mas, como acontece sempre, alguém emendou uma brincadeira qualquer, referente ao assunto, que logo foi considerado como corriqueiro e passou com se nada tivesse acontecido. Todavia, tal prática é muito comum em nosso meio, dificilmente vamos conseguir tirar esse péssimo costume de transformar coisa séria em brincadeira. Haja vista, o recente acontecimento criminal que envolveu político candidato a presidência da República. Não precisou muito tempo para que todos os meios de comunicação, principalmente, a internet lotassem seus canais de toda a sorte de piadas e brincadeiras. O assunto foi tão sério que houve repercussão negativa no mundo inteiro e, aqui para muitos virou motivo de chacota o que não deixa de ser o absurdo dos absurdos. E, agora recentemente, a coqueluche do momento são as falsas notícias, as quais, foram rotuladas com o nome americanizado de “fake News”. E, como não poderia ser diferente, atualmente, por ocasião das eleições, principalmente, para o cargo maior o de Presidente do país, temos vistos e ouvidos uma verdadeira enxurrada de histórias “sem pé e sem cabeça”. Inconsequências essas que acabam ludibriando o povo, que fica sem saber se é fato ou boato, o que ando dizendo dos candidatos. E, por essas e outras é que estamos sempre mal informados, às vezes, até para decisões extremas, com é o caso das eleições. Em vista da predominância, na maioria de nós de um espírito mais para chacotas e brincadeiras, tem nos levado de um modo geral, principalmente nas dificuldades para atitudes mais jocosas. Em assim sendo, as soluções dos nossos problemas não têm encontrado um alicerce firme e, que possa sustentar as seriedades necessárias para edificar projetos exequíveis. E, é por estas e outras que estamos vendo dia a dia, o nosso querido país capengar, enfrentando os mais sérios problemas, principalmente, aqueles que envolvem honra, dignidade e amor à pátria. Hoje, a gente não pode ler nada, ou mesmo assistir pelos meios televisivos e, ficar seriamente comprometido com o assunto, uma vez que aquilo dito como verdade, se transforma, como se fosse num passo de mágica, em chacotas, piadas de mal gosto e, daí por diante. Interessante saber que tais atitudes ganham proporções enormes, mesmo às vezes sem querer. A propósito, podemos citar, quando da visita ao Brasil, na década de sessenta do eminente Presidente da França, Gal. Dégaule, ele, ao presenciar o carnaval brasileiro na cidade do Rio de Janeiro, exclamou com satisfação a memorável frase, a saber: “O Brasil não é um país sério”. O estadista francês referiu-se naquele momento, como que se o Brasil, fosse um país alegre, cheio de emoção. Mas, infelizmente, a imprensa da época divulgou com toda força que o Gal.Degaule, achava que o Brasil, era uma piada, levava tudo na brincadeira e, foi essa imagem que foi vendida para o mundo inteiro, até hoje ainda existem registros desta fatalidade internacional. Infelizmente, temos gente que vive para infernizar a vida dos outros com invenções perniciosas que, às vezes, levam os prejudicados a situações constrangedoras. É uma pena que ainda vivenciamos coisas desta natureza, mesmo tendo o consolo do velho ditado popular, que diz: “não faças mal ao próximo, pois, o próximo um dia pode ser você”. Tchau.
Arquimedes Neves – Nei
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