Não sei se o mundo inteiro, porém, pelos países que conheço através de leituras e estudos sobre os mesmos, é bastante comum encontrarmos situações semelhantes. Ou seja, a maioria deles sempre o povo está em pé de guerra, contra algumas posições e, ou ações governamentais que podem estar contrariando as expectativas da supremacia. No nosso caso, particularmente, nas últimas décadas temos tido movimentações de toda sorte, uma vez que o inconformismo popular tem sido muito freqüente, aliás, o que não é bom para ninguém. Considerando que, quando estamos em estado de decepção, podemos no auge destas crises tomar medidas também excessivas, as quais, certamente, não serão benéficas para ambas as partes. Todavia, é certo também que quando nos encontramos com os nervos abalados, ou melhor, com os nervos a flor da pele, é facilmente possível tomarmos medidas impensadas e, querer resolver os problemas de forma radical. Ou seja, como exemplo, podemos dizer que é a mesma coisa quando você vai ao dentista com dores e, o profissional ao invés de promover uma análise no dente doente, com auxílio de exames radiológicos e, outros recursos mais não o fazem. E, logo em seguida promove a extração radical daquele incomodo. Obviamente, que ações desta natureza, depois de realizadas, embora as dores tenham desaparecidas, é certo também que vão surgir num futuro não muito distante o arrependimento. Pois, situações, principalmente, as extremas resolvidas sem estudos profundos, certamente deixarão sequelas, às vezes, difíceis de recuperar. Com essa introdução, podemos destacar a situação catastrófica em que o país está vivendo, onde as pessoas estão se achando perdidas, tal é o grau de desmandos. E, logicamente com possibilidades iminentes de um futuro muito ruim para todos nós. Haja vista, que se tem ouvido com uma freqüência cada vez maior da necessidade urgente de voltarmos a viver um regime ditatorial. E, quando ouço isso ou leio, diante desta inconformidade geral da população, sentindo vontade enorme de mudar, erroneamente, acham com uma única saída mudar o regime para o extremo dos extremos. Acontece que, ditadura, não é o melhor remédio, mas, o pior, pois, sairemos das maravilhas e delícias de um regime livre, cheio de oportunidades, onde somos donos de nossos próprios narizes, para ficarmos submissos e impedidos. Trocando todos os direitos e liberdades por uma mutilação absoluta de quaisquer tipos de manifestações, ora, disponíveis. Ficaremos iguais a história do dente contada em parágrafos acima, ou seja, nos arrependeremos depois. No entanto, os resultados serão irreversíveis, restando-nos apenas as lágrimas provocadas por ações impensadas, decididas, precipitadamente, em momentos extremos. Como o assunto é muito polêmico, mas, pertence a todos nós, achei por bem acrescentar experiências de pessoas mais especializadas. As quais podem permitir através de suas explanações, uma clareza, que nos possibilite pensar mais seriamente sobre o referido assunto, que é crucial ao nosso futuro. Portanto, tomei a liberdade de acrescentar a posição do professor de história, Leandro Karnal, conhecido no mundo inteiro, como segue: “Dizia o mestre que quando vê alguém defendendo o retorno da Ditadura, primeiramente, ele observa se aquela pessoa é jovem ou, se é mais vivida. Em sendo jovem ele se vê no dever de explicar, o que é o arbítrio, o que é cassação dos direitos, como por exemplo, o Habeas Corpus, o que foi o AI-5, o que é a tortura de mulheres grávidas, o que é o fim da liberdade de imprensa, o que é a barbárie da concentração de renda durante a ditadura militar. E, se a pessoa for mais de idade, ele procura despertar as lembranças e voltar a tona como foi aquele longo período de intolerância coercitiva implantada. Sendo que na verdade não há como defender moralmente, eticamente num plano mínimo de humanidade uma intervenção militar. Nossos problemas foram piorados por aquele insólito regime. Portanto, em quaisquer circunstâncias é de grande importância lembrar que não se deve nunca questionar a Democracia, pelo contrário, deve-se aperfeiçoá-la. Uma vez que se os remédios não estiverem fazendo efeitos no paciente, não vamos literalmente executar o doente, mas, sim procurar trocar os remédios, buscando outros mais eficazes”. Portanto, é de suma importância defender com unhas e dentes a Democracia, pois, é o regime que mais se harmoniza as necessidades dos brasileiros. Assim é que, jamais em momento algum permitam a alguém falar ou defender este regime horroroso que só é bom para uns poucos. Queridos leitores, mesmo que pensemos que não podemos fazer nada a respeito, sempre há algo que está ao nosso alcance para algum tipo de manifestação. Aproveitemos então a força, principalmente da juventude, através dos meios de comunicação eletrônica, usá-la da melhor maneira possível em prol do fortalecimento da Democracia. E, parodiando uma frase célebre e corajosa de D. Pedro I, podemos dizer: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, vamos unissonamente em todos os cantos da pátria, dizer SIM a Democracia e, um forte NÃO a Ditadura”. Viva o Brasil e, não se esqueçam de que ele é nosso, portanto…