Mães especiais

Sempre que nos aproximamos de alguma data importante, por exemplo, dia das mães, a maioria das pessoas tem na cabeça que a mesma teve como intuito principal da comemoração o aspecto comercial e, jamais se pensou em dar àquela que é a considerada à rainha da humanidade o seu devido valor. Eu, particularmente, acho que esse ponto de vista é uma verdadeira maldade, mas, acredito que os comerciantes propositalmente e, com muito oportunismo, não deixaram passar batido e, agarraram a oportunidade. Aliás, foram muito felizes, porque, o dia referido virou uma grande festa. Todavia, deixando de lado este preâmbulo explicativo, na verdade, dois motivos trouxeram-me, após, uma semana passada do dia das mães, a escrever mais alguma coisa a respeito, uma vez que senti ter deixado de falar algo importante sobre as diletas senhoras.  O primeiro motivo, com a nítida intenção de fugir das velhas tradições, está-se apresentando este outro artigo sobre as mães, tentando estabelecer que este dia destacado no calendário, segundo domingo de maio, possa ser qualquer outro dia, pois, elas são e sempre serão eternas, portanto, todos os dias são dias delas. O segundo motivo, desta decisão de tornar a falar sobre as mães é que fiquei estes dias pensando muito sobre estes anjos maravilhosos e, confesso que faltou falar algo mais e, especificamente sobre aquelas que vivem um verdadeiro calvário na missão de criar seus filhos. Quando cito calvário nesta denominação dessas mães, estou me expressando na mais literal compreensão do termo, haja vista, que não podemos deixar de considerar a existência de dificuldades mil em todos os aspectos, tanto espiritual quanto material. Para iniciar, podemos citar as mães de filhos viciados em drogas, que levantam a noite e olham as camas vazias de seus meninos. Sobressaltadas com os barulhos da noite, principalmente das sirenes das ambulâncias, dos carros de polícia, para elas, todos indistintamente, estão atrás de seus filhos e, esse vai e vem infernal da noite, aos poucos as vai matando, porém, desistir dos filhos jamais. E, as mães de filhos presidiários, que não vêm o dia das visitas chegar para poder estar ali, dando carinho, animando os meninos, trazendo  todo tipo de comida e guloseimas, principalmente, àquelas que eram do gosto deles quando eles eram só delas, quanta dor e quantas tristezas. A lágrima nos olhos, a inquietação causada pelo sentimento de impotência, mas também a esperança de deixarem no passado o sofrimento, fazendo com que essas mulheres não fraquejem. E, quanto às mães de filhos deficientes, não se pode imaginar jamais o vivenciamento de tais desventuras, embora cada um seja cada um, com modos diferentes de ver e viver os infortúnios. Todavia, de uma coisa é certa o desdobramento de seus sentimentos extravasam de um tanto, que é bem possível ela sozinha acumular o amor suficiente para abastecerem a si mesma e, possibilitarem, graciosamente, com muito amor, o necessário para a subsistência do ser dependente. E, quanto às mães viúvas e, ou, de pais ausentes, simplesmente, tornam-se com muita garra e determinação, ao mesmo tempo, pais e mães, chegando até mesmo superar com larga margem de vantagens as presenças inexistentes daqueles que deveriam pela normalidade da vida ser o chefe da família. E, sobre as mães solteiras, ingenuamente ludibriadas, muitas vezes, por promessas vãs de pessoas más intencionadas, cujas preocupações estavam vivenciadas apenas nos prazeres, sem medir as conseqüências futuras de seus atos impensados. E, os frutos destes relacionamentos como ficam? Obviamente, sob a tutela da mãe, despreparada, abandonada, sem eira e nem beira, com um futuro para os dois bastante nebuloso. No entanto, a gente não sabe de onde saem às forças, pois, essas pequeninas mães indefesas, lutam com unhas e dentes em defesa de seus bebês. E, muitas delas em decisões extremas, entregam os seus herdeiros do nada, para alguém, pois, não têm forças e, nem condições de tratá-los, infelizmente. Tecemos esses comentários adicionais sobre as mães e, alguns podem achar que seja até extemporâneo, uma vez que, já passou o dia. Embora, a nossa intenção tenha sido realçar com ênfase maior esta figura proeminente das mães. Assim, sendo o destaque dado neste artigo com o título de “mães especiais”, foi somente para figurar a grandeza daquelas que são mães em situações especiais. Todavia, este destaque individual para as mães em situações especiais, jamais vai embaçar o brilho das demais mães. Muito pelo contrário, todas elas, sem exceção, têm os seus brilhos próprios e, cada uma delas é luz e amor nos corações de seus amados filhos. E, como não poderia deixar de ser, achei nos meus guardados uma história real, de um personagem mundialmente conhecido, chamado Thomas Edison, escrita por autor desconhecido, que dizia mais ou menos assim: “Certo dia, Thomas Edison, chegou a casa com um bilhete para sua mãe e, lhe disse: Meu professor me deu este bilhete para entregar apenas para a senhora. Os olhos da mãe lacrimejavam ao ler a carta e resolveu ler em voz alta para seu filho: Seu filho é um gênio. Esta escola é muito pequena para ele e não temos professores ao seu nível para treiná-lo. Por favor, ensine você mesma. Depois de muitos anos, Edison veio a se tornar um dos maiores inventores do século. Após o falecimento de sua mãe, resolveu arrumar a casa quando viu um papel dobrado no canto de uma gaveta. Ele pegou e abriu. Para sua surpresa era a antiga carta que seu professor havia mandado a sua mãe, porém, o conteúdo era outro que sua mãe leu anos atrás. E, dizia assim: Seu filho é confuso e tem problemas mentais. Não vamos deixá-lo vir mais à escola. Edson chorou durante horas e então escreveu em seu diário: Thomas Edison era uma criança confusa, mas, graças a uma mãe heroína e dedicada, tornou-se o gênio do século.” Existem certos momentos da vida onde é necessário mudar o conteúdo da carta para que o objetivo seja alcançado. É, certo também que reconheço não ser eu a pessoa mais qualificada para tecer comentários técnicos sobre tais assuntos. No entanto, as poucas pinceladas dadas sobre a questão, foram puramente extraídas da experiência de vida, conseqüentemente, tal condição acaba me qualificando, embora seja bastante natural que mesmo assim alguns acabam não concordando, o que, aliás, é muito justo e de direito. Uma boa semana a todos, abraços e beijos. Tchau.