Naquelas buscas, sem objetivo definido, nas relíquias guardadas em caixas de sapatos vazias, já com todo papelão ressequido pelo tempo, consegui achar alguns contos. Dos quais, se poderiam aproveitar lições lindíssimas sobre o céu e o inferno. Ocorre que, vivendo num mundo conturbadíssimo onde temos a nítida impressão de que hora vivemos no inferno e, de que hora  vivemos no céu. Considerando tudo isso, achando, às vezes, de que nosso querido país não terá salvação, devido aos desmandos sem controle, nas mãos de políticos sem escrúpulos. Desta forma, considerando, todas essas inconstâncias podem-se, quase que afirmar que a nossa vivência terrestre hoje, nos oferece fortes indícios de que  realmente vivemos no inferno. Para considerar tal afirmação, basta lembrar-se da posição básica do próprio Deus, quando nos criou, Ele nos fez, para que vivêssemos felizes e em abundância. E, não na miséria e abandono em que a maioria vive hoje.  Em vista disso, sobre aquela busca referida acima sobre o conto, conseguimos descobrir uma relíquia literária, embora de autor desconhecido, sobre o céu e o inferno, a qual não poderia deixar de apresentá-la, como reforço do tema, a saber: “Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada. Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cachorro haviam morrido num acidente. Às vezes os mortos levam algum tempo para se dar conta de sua nova condição. A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistou um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina. O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada. Bom dia, ele disse. Bom dia respondeu o homem. Que lugar é este tão lindo? Ele perguntou. Isto aqui é o céu, foi a resposta. Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o caminhante, O senhor pode entrar e beber à vontade, disse o guarda indicando-lhe a fonte. Me cavalo e meu cão também estão com sede. Lamento muito, disse o guarda. Aqui não se permite a entrada de animais. O caminhante ficou muito desapontado, porque sua sede era grande, mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta. A porteira se abria para um caminho de terra,com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra. A sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo. Bom dia disse, o caminhante. Bom dia, disse o homem. Estamos com muita sede, meu cavalo, meu cachorro e eu. Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem indicando o lugar. Podem beber a vontade. O  caminhante, o cavalo e o cão foram até a fonte e mataram a sede. Muito obrigado, ele disse ao sair. Voltem quando quiserem responde o homem. A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar? Céu, respondeu o homem. Céu? Mas, o homem na guarita ao lado do portão de mármore, disse que lá era o céu! Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno. O caminhante ficou perplexo. Mas, então, disse o caminhante, essa informação falsa deve causar grandes confusões. De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar até seus melhores amigos.” Gente eu não disse que o texto era lindíssimo, não é verdade. Daí, então, ficou bem mais claro saber como é o céu e, também o inferno. Logicamente, a lição é bem simples, basta estarmos com o coração cheio de amor para o nosso próximo, sem máscaras e sem oportunismo, é possível cuidar de alguém, necessitado, as vezes, basta uma simples conversa, ou seja, atenção e cuidado.  E, em assim procedendo, obviamente, vamos um dia encontrar a fonte de águas cristalinas disponível para todos que queiram estar do lado do Senhor. Por outro lado, não sei se deu para perceber, mas, a vivência terrestre pode se tornar também céu ou inferno, basta que nos afastemos de Deus, estaremos no inferno e, ao contrário, estaremos no céu. Não há como errar, pois, fomos criados com livre arbítrio, ou seja, somos donos de nosso nariz, daí, naturalmente, a escolha é nossa.