Dia destes, descontraído em uma leitura de uma revista conhecida, deparei com uma colocação no mínimo magistral, dita por um ator de cinema estrangeiro, chamado Robin Willians. O dito cujo astro, expressou com rara felicidade a situação de nós pobres mortais, quando estivermos gozando “das delícias” da famosa terceira idade, como segue: “Eu sempre achei que a pior coisa da vida era chegar ao fim dela sozinho. Hoje sei que, na realidade, a pior coisa é terminar a vida cercado de pessoas que fazem você se sentir sozinho”. Interessante que convém muito pensar no assunto sobre esse ângulo, de que, às vezes, estamos no meio de uma multidão e, na verdade, nos sentimos sozinhos. Há, portanto, muitas definições que podem confirmar tal ponderação estabelecida na ótica do astro do cinema. Tanto é fato, que nas famosas Casas de Repousos, hoje esparramadas por todo o país, as quais, antigamente, recebiam o modesto nome de Asilos. No entanto, por mais adequadas que possam ser, tais instituições, havemos de convir que os moradores lá existentes, sofrem de solidão. E, se, indagados fossem, para saber aonde gostariam de estar, é certo que, a maioria absoluta, responderia que gostaria de estar em casa, no aconchego de familiares próximos. Lamentavelmente, as vidas se cruzam e, embora tenhamos o livre arbítrio de conduzir os nossos destinos, acontecimentos outros, alheios a nossa vontade, podem distorcer aquilo que anteriormente havia sido planejado. Considerando, que por todos os ângulos vistos e imagináveis, da existência humana, caminhamos, avidamente, em busca da felicidade. Embora, muitos fiquem derrotados pelo caminho e, desistem, é possível alcançá-la, basta perseverar. Não obstante, toda luta empreendida, muitas das vezes, nos resta ficar inertes, naturalmente física e psicologicamente ou, somente uma ou outra. Porém, é muito mais que provavelmente nos fins da existência, com raríssimas exceções, ficamos sós, com visões de um horizonte sempre nublado. E, inexoravelmente, a solidão, nos acompanhará, ainda que, possamos viver do passado, meditando e divagando nas saudades. Porém, a solidão será certamente a nossa fiel companheira, quer queira quer não. De qualquer modo a solidão estranhamente é originária de várias causas. Sendo que as mais comuns estão intimamente ligadas à falta de amizades ou a falta de pessoas que poderiam fazer a diferença para nós, um grande amor, por exemplo. Por outro lado, existem também outros fatores mais carregados de sentimentos sórdidos, os quais precipitam confusões. Tanto sociais, quanto psicológicas, que deveriam ter sido tratadas em tempo e, não os foram. Intimamente pensando, obviamente seria menos mal para o fim de uma existência, terminá-la literalmente sozinho. Do que rodeado por muitos, sentindo-se incomodado por estar presente com pessoas que deveriam nos fazer sentir felizes e, ao contrário, nos fazem sentir, desprezivelmente, sozinhos. É com diz o eterno ditado popular: “Antes só do que mal acompanhado”.