Sem opção

Vem ano e passa ano e, infelizmente existem alguns setores de nosso cotidiano que não mudam. Interessante notar que existem alguns deles em que a coisa está ficando cada vez pior. E, infelizmente são àqueles que mais têm a ver com o atendimento da maioria das pessoas. Podemos citar os órgãos públicos, hospitais, consultórios médicos, e, outros que dos quais ficamos impossibilitados de rejeitar o seu atendimento, haja vista não ser possível escolher outro lugar para ser atendido. Por outro lado, no comércio, por exemplo, se você não gostar de um tipo de atendimento, se quiser mudar de lugar, poderá comprar ou negociar igualmente com outros estabelecimentos similares. Saudosamente, eu me lembro de quando trabalhava na CESP, a qual tinha a exclusividade do produto que vendia, ou seja, energia elétrica. Portanto, com relação a ela o público consumidor, teria que obrigatoriamente só comprar dela, pois não havia concorrência. Mesmo assim, a empresa CESP, tinha como meta principal, dar o máximo de si para que o seu atendimento fosse o melhor possível. Embora, soubesse que mesmo que seu atendimento pudesse não corresponder à expectativa dos consumidores, os mesmos não teriam outra opção devido a exclusividade da distribuição. E, essa regra expressa da empresa, quanto ao esmero no atendimento, válida para todos os seus funcionários, sempre nos surpreendeu. Isto porque, a gente só enxergava um lado da questão, ou seja, o pessoal não tinha opção, portanto, obrigatoriamente tinham que comprar aquela mercadoria somente dela. Inclusive, sobre a dita regra, éramos orientados, que o mais importante neste relacionamento comercial era o respeito e a fineza no atendimento aos usuários.  Infelizmente, na maioria dos casos não funciona assim, principalmente, nas repartições públicas e, outros aglomerados de atendimentos à população.  E, em assim procedendo nos dá a nítida impressão que estão descontando a sua indisposição para ao trabalho, nas costas dos indefesos usuários. Inclusive, pode parecer que a gente vai a esses locais porque queremos, não é verdade. Duvido que exista alguém de sã consciência que possa dizer assim: “Puxa, gostei muito de ter ido ao banco, foi uma maravilha.” Ou, “Fui à emergência de um hospital, só faltaram me jogar o tapete vermelho, coisa impressionante o atendimento, quiça volte mais vezes, gostei muito”. Outra coisa que também nos perturba é saber que do lado contrário do balcão de atendimento, geralmente está ali uma pessoa comum do povo fazendo o seu trabalho e, recebendo por ele. E, apesar de tudo isso, acabamos obtendo a mesma constatação, ou seja, o problema disto tudo está no homem, que se digladiam entre si, deixando escapulir oportunidades raríssimas de se crescer perante Deus.